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Investir em programas de bem-estar será um grande diferencial para as empresas no futuro

Saúde no trabalho Convencido de que o argumento financeiro é o mais eficaz para convencer gestores sobre a necessidade de investir em programas de bem-estar nas empresas, o economista norte-americano Sean Nicholson e um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos se esforçam para transformar em cifras a relação entre saúde e produtividade. Em uma dessas pesquisas, chegaram à conclusão de que cada US$ 1 investido na saúde da equipe gera um retorno de US$ 6 em produtividade para a empresa. Porém, a longo prazo. – Em países em desenvolvimento econômico, como o Brasil, investimentos sérios nessa área serão grandes diferenciais para a retenção de talentos, pois os trabalhadores têm muitas opções – argumenta Nicholson. No entanto, para o diretor da Upstate Health Research Network e professor da Cornell University, ainda é preciso gerar mais dados convincentes sobre os ganhos efetivos para a empresa. Em busca de debatedores para o painel de Nicholson no 12º Congresso de Stress da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), realizado semana passada, em Porto Alegre, a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi, comprovou a escassez de dados. – Não é que as empresas não invistam, elas até realizam programas, mas ainda não atentaram para calcular o retorno desse investimento para o negócio – explica Ana Maria. Para o coordenador executivo do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), Luiz Ildebrando Pierry, essa preocupação deve estar presente na definição de metas para acompanhar o desempenho de programas desenvolvidos para cuidar de trabalhadores e seus familiares. Pierry explica que três dos 11 aspectos que são considerados em avaliações de qualidade têm relação direta com a gestão de pessoas. – Uma empresa que não faça reflexões acerca dos benefícios oferecidos ao trabalhador terá dificuldades de desempenho – observa Pierry. Perdas e ganhos da empresa Para o economista Sean Nicholson, um programa para melhorar a qualidade de vida dos funcionários pode trazer ganhos a uma empresa, como redução nos gastos médicos (para os funcionários e seus familiares), redução nas faltas, melhoria na produtividade e redução na rotatividade, devido às percepções dos funcionários do pacote total de remuneração associado ao emprego. O mais fácil de calcular é o primeiro, mas ele é apenas a ponta do iceberg, na visão do pesquisador. Para facilitar a compreensão, Nicholson dá exemplos: uma companhia de energia elétrica deve distribuir a mesma quantidade de energia todos os dias, independentemente de quantos funcionários estejam trabalhando. Se um operário falta, outro será sobrecarregado, provavelmente gerando um custo de horas extras para a empresa. Mas em áreas com maior nível de formação, a conta é mais complexa. Um comissário não pode substituir um piloto, por exemplo. Nesse caso, o prejuízo da ausência do piloto para a companhia aérea é de todo um voo que teve de ser cancelado ou remarcado. – Esse quadro revela um problema mascarado no dia a dia: o funcionário mais operacional falta o trabalho, mas o mais especializado vai até o seu limite – comenta Andréa Müssnich, diretora de marketing da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado. Caminho é focar na prevenção Garantir assistência médica por meio de planos corporativos já é uma prática comum. Nos Estados Unidos, 160 milhões de americanos não idosos – quase metade da população – têm seu seguro-saúde fornecido pela empresa. No Brasil, conforme a Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos 47,6 milhões de planos de saúde no país, 29,7 milhões são custeados por empresas. Além disso, a legislação trabalhista prevê proteção laboral ao trabalhador com relação a riscos de saúde. Isso, somado ao fato de que custos médicos e indenizações formam a menor fatia dos gastos, leva para um outro caminho de gestão da saúde nas empresas, com foco na prevenção de fatores de risco. Um grupo de corridas organizado pela empresa era o empurrão que a analista de auditoria médica Raquel Cardoso (foto), 36 anos, precisava para perder peso sem ser vítima do “efeito sanfona” das dietas. Estimulada por colegas de trabalho, começou a participar do grupo em outubro do ano passado, correndo três vezes por semana. Já perdeu 11 quilos e percebe o impacto no dia a dia. – Tenho mais autoestima e mais disposição para o trabalho e outras áreas – descreve. Para Raquel, o benefício da corrida reflete um valor simbólico para a empresa onde trabalha há nove anos: mostra que está preocupada com o funcionário e aumenta a adesão às atividades. A assistente administrativa Helenice Tomaz, 29 anos, está há 50 dias sem fumar, depois que entrou em programa antitabagismo oferecido pela empresa. Funcionária há cinco anos, depois que participou do grupo, diz que dorme melhor, está menos cansada e ansiosa e melhorou da asma. Sinais de alerta A psicóloga e presidente do Isma-BR, Ana Maria Rossi, aponta os principais sinais de alerta do corpo: > Sono e cansaço excessivo > Abuso de álcool > Aumento no consumo de café ou cigarro > Perda ou ganho excessivo de peso ESTRESSE EM NÚMEROS > No Brasil, 70% da população economicamente ativa sofre de estresse > Desses, 30% sofrem com o nível mais devastador da doença, conhecido como burnout QUEIXAS MAIS COMUNS 86% dos executivos brasileiros relatam dores musculares, incluindo dores de cabeça 81% relatam ansiedade 49% disseram ficar mais agressivos 18% já tiveram alguma explosão de raiva Fonte: Isma-BR MOTIVOS PARA INVESTIR EM SAÚDE > Redução nos gastos médicos > Redução nas faltas > Melhoria na produtividade > Redução na rotatividade  

Pequena empresa instala até escorregador para estimular o bem-estar dos funcionários

Cada vez mais, pequeno empreendedor deve pensar em oferecer benefícios e não apenas bons salários Fonte: Estadão PME Que tal ir para uma reunião no mezanino e depois voltar por um escorregador? Na agência Fess’Kobbi essa pequena aventura é uma rotina. “Nós criamos uma área de descontração no mezanino, onde temos a sala de reunião e algumas redes, usadas para momentos de troca de ideias e relaxamento”, conta um dos sócios, Eduardo Kobbi. “A subida é pela escada, mas a volta é sempre pelo escorregador.” A agência também oferece ginástica laboral no início da jornada diária, com exercícios de alongamento, fortalecimento e relaxamento, conduzidos por um fisioterapeuta. “Essa ação gera dezenas de benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais para os funcionários. E a empresa se beneficia com o aumento de produção e motivação, além da redução de doenças.” Segundo ele, este ano a agência está introduzindo a participação dos colaboradores nos resultados da empresa. Assim como Kobbi, outros empreendedores já perceberam que não é apenas o salário que influência na retenção dos funcionários. “Cada vez mais empresários nos procuram em busca de informações sobre formas de oferecer benefícios”, diz o consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Daniel Palácio Alves. Alves considera a cesta de benefícios fator determinante para manter os empregados. “Além dos benefícios tradicionais, o ambiente dentro da empresa, a flexibilidade no horário e o local de trabalho pesam muito na hora de o funcionário avaliar outra proposta de emprego.” Na Evoluo, empresa especializada em serviços e soluções empresariais e humanas, o sócio Armando Grell diz haver uma nítida tendência nesse sentido entre as pequenas e médias empresas (PMEs). Segundo ele, essas companhias devem incluir itens como benefícios e bem-estar no planejamento estratégico. “Custa mais caro formar mão de obra e depois, por um simples plano de saúde, perder o empregado.” Sócio do escritório de advocacia Mendes Barreto e Souza Leite, Luiz Guilherme Mendes Barreto diz que emprega 11 pessoas e há um ano decidiu investir num plano de saúde de alto padrão oferecido pela Care Plus. Segundo ele, o custo não ultrapassa 1% da receita da empresa, que também investe em academia. “Em breve, também vamos oferecer uma nova ferramenta chamada Vital Box, voltada para o acompanhamento da saúde e bem-estar da equipe.”  O gerente comercial da Care Plus, Eduardo Pereira, diz que a companhia de plano de saúde criou em 2010 a linha Soho especialmente para atender empresas com poucos funcionários. “A linha oferece quatro categorias de planos, que podem ser contratados para atender entre duas e 29 pessoas.” Pereira confirma o interesse crescente das pequenas por benefícios. Segundo ele, em 2011 as vendas da linha Soho responderam por 15% dos planos comercializados pela companhia. “Nossa expectativa é de que nos próximo cinco anos essa linha seja responsável por até 40% da receita da Care Plus.” Os 25 empregados da Gaming do Brasil, distribuidora oficial da Nintendo no País, também foram contemplados com o plano de saúde. “Além disso, oferecemos vale refeição, vale transporte e bônus por desempenho nos resultados da empresa”, diz o gerente de operações, Roberto Lindstaedt. A empresa também tem uma “sala de descompressão”, onde os funcionários podem jogar videogame. Os especialistas do Sebrae e da Evoluo alertam, no entanto, que tudo deve ser feito de forma compatível com a realidade financeira da empresa. “É preciso avaliar o impacto que a implantação de um benefício vai causar, porque depois de implantado é praticamente incorporado como direito”, diz Grell. Alves sugere alternativas que não interferem no orçamento da empresa, como a flexibilização do horário de trabalho, criar convênios com restaurantes, academias e escolas de idioma. “Promover eventos de confraternização e dar folga no dia do aniversário, são outras possibilidades.

Ambiente de trabalho saudável – Problemas ergonômicos no trabalho estão diretamente relacionados a queda de produtividade

Saiba como enfrentar os problemas mais comuns de ergonomia no local de trabalho e aumentar a produtividade, já que a qualidade de vida depende muito da satisfação que as pessoas têm em sua vida e no ambiente profissional  Para muitas pessoas, o local que deveria ser sinônimo de satisfação profissional e financeira acaba se transformando em fonte de problemas físicos e emocionais. De acordo com a presidente do Instituto Brasileiro de Qualidade de Vida, Elizabet Garcia Campos, as consequências do estresse para o funcionário são inúmeras. Vão da queda de produtividade ao esgotamento físico e mental. Daí para o desenvolvimento de doenças é um pulo. – As empresas precisam detectar a forma de adequar os profissionais aos cargos, medir o nível de satisfação dos trabalhadores, verificar o grau de comunicação e integração de equipes, desenvolver políticas de benefícios e observar as condições ambientais – ensina Elizabet. Ela conta que até a poluição sonora e o tempo gasto pelo trabalhador para chegar à empresa são fatores que podem levar ao estresse. Do ponto de vista ergonômico, as condições ambientais inadequadas podem provocar os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) que, de acordo com um cruzamento de dados feito pelo Ministério da Previdência, lideram, juntamente com os transtornos mentais, os motivos de afastamento do trabalho. As LER/Dort são síndromes que atacam os nervos, músculos e tendões e que atingem principalmente os membros superiores e o pescoço. Os prejuízos vão para o funcionário e para a empresa: segundo o Instituto Nacional de Prevenção às LER/Dort, as companhias gastam um total de mais de R$ 90 milhões por ano devido ao afastamento dos trabalhadores afetados pelas síndromes correlatas. Além da ergonomia, atenção para problemas respiratórios A fisioterapeuta Heloísa Guimarães explica que a dor não significa, necessariamente, uma patologia. É, porém, o alerta do corpo para que a pessoa verifique se há algo de errado. – No início, a pessoa sente uma pressão na nuca. Muda a postura, sente alívio. Depois, a dor vai se intensificando e ela nota que só melhora depois de uma noite de sono. A dor fica cada vez mais grave e pode se tornar crônica – alerta. A fisioterapeuta explica que, além dos cuidados necessários com a postura, é preciso estimular o organismo com exercícios físicos, que podem ser caminhadas, sessões de dança ou musculação. Os funcionários também devem ficar atentos aos males respiratórios provocados pelos aparelhos de ar-condicionado: mudanças bruscas de temperatura podem diminuir a resistência do organismo e torná-lo alvo fácil para infecções. – Mas o maior problema é a higienização. No ar-condicionado, a umidade fica presa na tubulação, o que favorece a proliferação de ácaros e fungos. A pessoa pode ter desde infecções fúngicas a sinusite – diz a alergista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, Iara Mello. Segundo a médica, o ideal é que a manutenção do aparelho seja feita a cada seis meses. Fonte: Caderno Empregos ZH

Importância da Ergonomia nos Programas de Ginástica Laboral

Por Pedro Ferreira Reis (FIEP Brasil) Atualmente, a GL vem passando por uma fase de crescimento cada vez mais evidente em todo o país, quadro que é evidenciado pela grande quantidade de profissionais envolvidos. Mas a real situação da prática da ginástica laboral e fator de preocupação no âmbito da saúde ocupacional, o que proporciona alguns questionamentos: – 10 minutos de alongamentos é suficiente para se garantir uma condição saudável do trabalhador? – Será que a maioria das empresas não está utilizando a ginástica laboral como paliativo para se defenderem das perícias trabalhistas? – Somente a prática da ginástica laboral é suficiente para suprir os desgastes fisiológicos e psicológicos dos trabalhadores? Os cursos de graduação de Educação Física e Fisioterapia estão preparando os egressos para uma boa atuação em relação à saúde ocupacional? A disciplina de ergonomia vem sendo valorizada nas grades curriculares dos cursos da área da saúde? É importante destacar que todo programa de ginástica laboral necessita do envolvimento multidisciplinar e interdisciplinar envolvendo principalmente os trabalhadores, educadores físicos, fisioterapeutas, médicos do trabalho, enfermeiros, assistentes sociais, engenheiros, psicólogos, designers, administradores, engenheiros de segurança. Assim através de um comitê corporativo envolvendo os programas PCMSO, PPRA e CIPA, conseguiremos desenvolver um trabalho produtivo nos Programas de Promoção de Saúde do Trabalhador. Assim cada profissional dentro da sua competência, mas em equipe com o mesmo objetivo que é a saúde do trabalhador. Fatores Psicossociais do Trabalhador Vários fatores interferem na saúde do trabalhador, destacando a individualidade biológica a sua relação com o trabalho, com a comunidade e principalmente com a sua família, neste sentido questiona-se a verdadeira razão da prática da ginástica laboral: – A utilização isolada da Ginástica Laboral é eficaz para combater a incidência das LER/DORT nas organizações? – É possível que a dedicação de poucos minutos para exercícios de alongamento, relaxamento e dinâmicas de grupo no local de trabalho afastem o estresse, as tensões musculares e alterem o estilo de vida do trabalhador? – A execução prática com roupas inadequadas não seria um fator prejudicial à execução da Ginástica Labora? – Será que uma trabalhadora de Call Center que tem todo seu tempo cronometrado, até para ir ao banheiro deve ter uma Ginastica Laboral idêntica ao de uma secretária que toma água e cafezinho a qualquer momento de acordo com sua vontade? – Se o sexo feminino tem 40% menos força e 30% menos capacidade respiratória que o sexo masculino ambos deva participar do mesmo programa de alongamentos? – A trabalhadora gestante poderá participar dos programas de Ginástica Laboral? – O sexo feminino deverá ter uma Ginástica laboral diferenciada na fase pré menstrual e menstrual? Embora alguns autores indiquem a Ginástica Laboral como uma medida preventiva eficaz para LER/DORT, é importante alertar que somente a prática de alongamentos, sem a melhoria dos métodos organizacionais, poderá prejudicar o bom andamento do projeto de Ginástica Laboral. A prática da Ginástica Laboral de forma isolada não alcança êxito na prevenção, devendo ser associada a várias outras medidas, simples, mas fundamentais, como volta de férias com ritmo gradativo, rodízio de tarefas eficiente, pausas para descanso, fazem necessárias para que o trabalhador tenha no seu meio laboral um ambiente confortável e seguro para o pleno exercício de suas atividades. Além destas observações a individualidade biológica, antropometria, sexo, idade e as adequações ergonômicas do posto de trabalho, verificando os níveis de ruído, iluminação, cores, vibração e qualidade do ar são variáveis indispensáveis para preservação da saúde do trabalhador. Assim as atividades corporais adotadas nos programas de Ginástica Laboral devem ser orientadas a partir do estudo sistemático de ergonomia, com foco centralizado nas queixas dos trabalhadores em relação às exigências da tarefa e sua influência nos fatores psicossociais. Assim acredito que um programa de ginástica laboral poderá ter êxito tanto para preparar o trabalhador para sua atividade (Preparatória), quanto para compensar uma fadiga muscular (Compensatória) ou até no trabalho cognitivo atuando como volta à calma (Relaxamento).

Empresa cria programa para que seus funcionários emagreçam

Companhias fazem parcerias com grupos como o do “Vigilantes do Peso” e outras concedem incentivo financeiro para quem perde de 3 a 5 quilos. Confira análise de especialista Este é o título da matéria assinada pela jornalista Juliana Coissi, de Ribeirão Preto e publicada na edição de 25 de março da Folha de São Paulo, que constata que empresas privadas, hospitais e prefeituras estão criando programas próprios ou com assessoria para “emagrecer” seus funcionários obesos. Trata-se de um tema importante, pois os dados do Ministério da Saúde demonstram que o número de brasileiros com peso corporal acima do normal está aumentando ano após ano e várias pesquisas confirmam a importância da obesidade com fator de risco para doenças crônicas e o seu impacto na produtividade dos trabalhadores. A matéria apresenta alguns cases e depoimentos que eu gostaria de comentar. Inicialmente, fala sobre uma iniciativa da Prefeitura de Franca que criou grupos com servidores acima do peso convidados através de uma revista interna. São realizadas reuniões mensais com apoio de psicólogo, médico e educador físico e os funcionários são convidados a participar de atividades físicas. Houve grande interesse pela participação nos grupos que foram compostos praticamente só por mulheres. De acordo com um depoimento, os próprios colegas de trabalhos são os “ fiscais” de quem tenta emagrecer. Neste caso, apesar de não sabermos quantos homens trabalham na Prefeitura de Franca, os dados epidemiológicos no Brasil revelam que a obesidade é mais prevalente no sexo masculino. Assim, surge o desafio de motivar e incluir os homens neste programa. Recentes pesquisas demonstram que o suporte entre colegas é um forte componente na mudança de comportamento. Assim, mais do que “ fiscais” , os colegas podem ser motivadores para criar um ambiente favorável para a adoção de estilos de vida saudáveis. Esta é uma prática que deve ser estimulada. No ano passado, o SESI lançou um curso auto-instrucional sobre como abordar o suporte entre colegas como ferramenta de promoção da saúde. Finalmente, a matéria fala sobre empresas que fazem parceria com grupos como o do “Vigilantes do Peso”, citando a Vale e o Itaú-Unibanco. Cita o case da empresa CPFL Energia que tem uma parceria desde 2007 e apresenta um incentivo financeiro: para quem perde 3 a 5 quilos de peso, a empresa paga 60% do valor. Acima de 5 quilos, o subsídio sobe para 80%. Cita, como personagens um casal de funcionários da empresa que perderam, cada um, sete quilos , mas como recuperaram outros três no fim do ano, voltaram para as reuniões dos Vigilantes do Peso. A jornalista ouviu o médico endocrinologista Marcio Mancini (HC FMUSP) que afirmou “incentivo para perder peso é válido, mas nem todos deixam de emagrecer por má vontade. Isso de premiação para quem perdeu peso parece coisa de reality show. As pessoas não perdem peso na mesma velocidade. Fatores como o ambiente, a genética e metabolismo afetam o resultado dos regimes para emagrecimento. O especialista afirmou que, sobre as reuniões em grupo, o melhor modelo é o de encontros com orientação de um especialista, como médico, nutricionista e educador físico e não de orientador ser apenas de alguém que já foi obeso. Sobre este tema, estudos demonstraram que abordagens comportamentais como os do “Vigilantes do Peso” são efetivos e válidos, apesar de pouco sustentáveis no médio e longo prazo. Uma revisão publicada na edição janeiro e fevereiro de 2012 do American Journal Health Promotion demonstrou que o uso de incentivos extrínsecos (como descontos na adesão de programas) podem ser efetivos e propiciar o aparecimento de fatores de motivação intrínseca para a mudança de comportamento. Talvez uma abordagem interessante seria a adoção de bônus para a participação nos programas, não vinculando com a perda de peso. Recente metanálise demonstrou que, mesmo quando não se constata perda de peso significativa, há melhora em indicadores como o nível de colesterol no sangue ou maior controle da pressão arterial. Com relação a realização de atividades com especialistas, há o desafio de se capacitar profissionais que consigam realizar aconselhamento e orientação de maneira ampla, sobre mudança de comportamento, estabelecimento de metas, programação de atividade física, um verdadeiro “coaching” em bem-estar e não fragmentar a ação entre especialistas (médico, nutricionista, psicólogo, educador físico, etc). Fonte: Saúde Web

Exercícios físicos melhoram o humor no trabalho, diz estudo

“As taxas de depressão e Síndrome de Burnout eram claramente mais elevadas entre os sedentários“ Fonte: Portal Terra Os benefícios da atividade física vão além de manter o corpo em dia. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv, em Israel, exercícios físicos ajudam a melhorar o humor no trabalho e diminuir a probabilidade de desenvolver depressão e Síndrome de Burnout (também chamada de síndrome do desgaste profissional, que é a exaustão física, mental e emocional). Os dados são do jornal Daily Mail. Os cientistas avaliaram os estados pessoais, profissionais e psicológicos de 1.632 trabalhadores israelenses saudáveis dos setores público e privado. Os participantes foram divididos em quatro grupos: um que não se exercita, o segundo que coloca o corpo em ação de 75 a 150 minutos por semana, o terceiro que pratica atividade física de 150 a 240 minutos e, o último, que sua a camisa por mais de 240 minutos. Todos foram acompanhados ao longo de nove anos. As taxas de depressão e Síndrome de Burnout eram claramente mais elevadas entre os sedentários. Quanto mais ativa era a pessoa, menor a chance de ter algum dos problemas. Constatou-se que a equipe que se envolveu com pelo menos 240 minutos semanais de atividade exibiu praticamente nenhum sintoma e, a que optou por 150 minutos, apresentou melhora na autoestima e capacidade de trabalho.

Dê a largada – Equipes de corrida no ambiente corporativo vira moda

Moda nos programas de saúde das empresas, a prática de corrida pode contribuir para o bom clima organizacional, além de melhorar a qualidade de vida dos funcionários Funcionários do Pão de Açúcar no Parque do Ibirapuera, em São Paulo: com 4 500 inscritos, programa de corrida ajuda na melhora do clima interno »Por Bruno Athayde » Foto Marcelo Spatafora Correr virou moda. Não apenas como um exercício isolado para o bem-estar, mas como uma atividade da firma. A prática se transformou na queridinha dos programas corporativos de qualidade de vida, que pegaram carona na febre das maratonas. Segundo a consultoria Deloitte, a corrida é hoje o segundo esporte mais praticado entre os brasileiros, atingindo uma média de 4 milhões de adeptos no país. Além de ser fácil de praticar ó basta um par de tênis e uma academia ou um parque – e ter baixo custo, as empresas conseguiram enxergar um outro ganho no incentivo à atividade. “Trata-se de um esporte com alta visibilidade e que traz retorno de imagem para a organização e melhoria no ambiente e no clima organizacional”, afirma o médico Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.  Se bem gerenciada, a medida de botar o povo pra correr pode trazer benefícios também no longo prazo. “Com uma boa gestão de projetos de saúde, a companhia obtém, no futuro, a redução de gastos com saúde e com o absenteísmo”, explica o médico Pedro Oliveira, diretor médico da E-pharma, empresa focada na gestão da assistência farmacêutica, integrando benefícios e ações ligadas à saúde. A consequência disso é uma explosão de campanhas corporativas buscando adeptos em seus escritórios. Apesar de não existir um levantamento oficial de quantas empresas brasileiras apoiam ou têm a prática de corrida como benefício (com instrutor, pagamento de taxas de inscrição de maratona, acompanhamento logístico e prêmios nas provas), o incentivo é crescente e vem de diferentes formas. Algumas companhias fazem a intermediação, divulgando o calendário de corridas e oferecendo apoio logístico. Outras financiam as inscrições, as viagens ou oferecem treinamentos, além de premiar os mais bem colocados nas maratonas e provas de rua realizadas no Brasil e no mundo. Segundo a Comissão Nacional de Corridas de Rua, mais de 600 eventos são realizados no país, cerca de 200 só em São Paulo. O Grupo Pão de Açúcar é um velho adepto do movimento do corre-corre. Há 19 anos, acompanhando o presidente do conselho administrativo, Abilio Diniz, um entusiasta do esporte, a companhia formatou o Programa de Esportes do Grupo Pão de Açúcar. “Estruturamos um programa em que subsidiamos a inscrição, fazemos acompanhamento médico e nutritivo”, explica Renata Gomide, gerente de marketing esportivo do Grupo Pão de Açúcar. O retorno, segundo levantamento não estatístico, é grande. “O profissional afirma, nas pesquisas internas, que se sente mais motivado e mais valorizado”, declara Renata. Hoje, já são 4 500 inscritos no programa da empresa, que também é organizadora da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, uma das mais famosas provas de rua do Brasil. Na construtora Tecnisa, a prática de corrida chegou em 2009, quando o RH foi procurado por um profissional que viu nos parques da cidade de São Paulo dezenas de empresas incentivando a corrida entre seus funcionários. “Ele sugeriu a ideia. Começamos a incentivar e vários profissionais aderiram”, conta Denise Bueno, diretora de recursos humanos. Atualmente, 65 colaboradores integram o grupo de corrida. A empresa paga 75% do valor cobrado pela assessoria esportiva e subsidia as inscrições. “É notória a melhora física do profissional que integra o grupo de running”, aponta Denise. A área de RH da empresa Três Corações também é a responsável pelo incentivo do esporte. Lá, dos 4 165 colaboradores, 200 participam de corridas de rua e maratonas, além de praticarem o esporte semanalmente em parques espalhados em Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo. Os funcionários têm suas inscrições pagas pela companhia e recebem camisetas e apoio no dia da maratona. “Incentivar o esporte faz parte dos nossos valores. A pesquisa de clima também avaliou que os funcionários apoiam a iniciativa”, afirma Sueli Alves, diretora de RH. O clima também melhorou na Omint após a adoção da prática, em 2002. A empresa passou a patrocinar a participação dos colaboradores em provas de rua. Mais de 300 funcionários aderiram. “A adesão foi muito grande e os resultados para o clima da organização são os melhores. Os profissionais que correm estão mais dispostos”, afirma Cícero Barreto, diretor de comunicação e marketing da Omint. Não basta correr A prática exige uma série de cuidados. Veja abaixo os principais:  A adoção de uma política de gestão de saúde e práticas esportivas é essencial para as companhias que pretendem implantar, ou mesmo para as que já incentivam a corrida entre seus profissionais. Segundo especialistas, as principais recomendações antes de iniciar um programa de estímulo à corrida são: Orientar o profissional interessado na prática a consultar um médico e realizar exames clínicos para checar o estado de saúde e a possibilidade de seu ingresso no grupo de corrida, caso a empresa não tenha seu próprio médico. Acompanhar o grupo, incentivando a prática regular. O acompanhamento pode ser feito por uma assessoria esportiva contratada, pela área de projetos voltados à saúde ou pelo próprio RH. Buscar orientação de um profissional de educação física para planejar um programa de treinamento físico adequado. Orientar os profissionais participantes do projeto a utilizar roupas adequadas (tênis e roupa dry fit), equipamentos (monitor cardíaco e squeeze) e proteção solar para casos de prática a céu aberto. Contar com dicas de um nutricionista para prescrever uma dieta balanceada para acompanhar a evolução do treino. Orientar também a respeito da hidratação durante o treino. A perda excessiva de líquidos corporais aumenta a viscosidade sanguínea, sobrecarregando o sistema cardiovascular. Escolher um local adequado para a prática do esporte. Correr sob calor intenso aumenta a temperatura corporal, elevando a frequência cardíaca e levando à desidratação. FONTE: VOCERH

Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das empresas.

Vivemos numa sociedade em mudanças e num momento excitante para as organizações. A sociedade percebe que a Qualidade de Vida e a Saúde são ativos importantes, envolvendo dimensões física, intelectual, emocional, profissional, espiritual e social. Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das empresas. Baixa motivação, falta de atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade criam uma energia negativa que repercute na família, na sociedade e no sistema médico. Segundo Domenico de Masi, vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro, mas continuamos a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas empresas inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade atual. As dez melhores empresas para se trabalhar (Guia Exame 2001) transformaram o ambiente de trabalho e a Saúde emocional e física em vantagem competitiva, tendo plena convicção estratégica de que quanto mais satisfação, mais retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização mais privilegiada, competitiva e equilibrada. Segundo a Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é um conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura ede valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações.  Programas de saúde é a ciência e a arte de ajudar pessoas a modificar seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre a saúde física, emocional, mental, social e espiritual.  Os programas de Saúde e QV objetivam facilitar mudanças no estilo de vida, combinando ações e campanhas para consciência, comportamento e envolvimento, que suportem suas práticas de saúde e previna doenças.  O propósito de um programa de Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas Organizações é encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional.  Um programa de Qualidade de Vida existe para gerar estratégias com o intuito de promover um ambiente que estimule e dê suporte ao indivíduo e à empresa, conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua qualidade e produtividade.  Não é suficiente ter em mente mudar relevantemente o estado de saúde dos profissionais mas também encorajá-los a cuidarem e gerenciarem sua própria saúde, adquirindo um ganho substancial na sua satisfação e crescimento, assim como no aumento de produção e redução de custos para a empresa  Benefícios ü  Melhoria da produtividade ü  Empregados mais alertas e motivados ü  Melhoria da imagem corporativa ü  Menos absenteísmo ü  Melhoria das relações humanas e industriais ü  Baixas taxas de enfermidade ü  Melhoria da moral da força de trabalho ü  Redução em letargia e fadiga ü  Redução de turnover  Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, estamos tendo que constantemente se adaptar à todos estes estímulos, comprometendo de alguma forma nosso aprendizado e saúde. Afina de contas, se sentir mal no tempo e no espaço não é mais privilégio de nenhum astronauta. O psiquiatra Carl Gustav Jung dizia que se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo. Assim seria sensato, em primeiro lugar, ficar bem. Viver uma vida vibrante e feliz, na qual se utiliza o máximo que possui, com enorme prazer é um objetivo de vida. É o que dá qualidade à vida.