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Ginástica laboral proporciona bem-estar físico e emocional; confira 11 exercícios

 “Dentro dessa síndrome (LER), existem milhares de doenças: tendinite, tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, bursite, entre outras”, explica. “Com a ginástica, elas diminuem” Por Lucas Rodrigues (Do UOL, em São Paulo) A prática de exercícios regulares no ambiente de trabalho auxilia no combate ao desgaste emocional e melhora o relacionamento interpessoal dos trabalhadores, segundo especialistas. A ginástica laboral consiste em uma série de exercícios, desenvolvidos geralmente no meio da jornada de trabalho, com o objetivo de quebrar a rotina de movimentos repetitivos e auxiliar na prevenção de lesões. Letícia Oliveira Penaroti, fisioterapeuta responsável pelo programa de Ginástica Laboral da Conceito Zen, afirma que, além de ajudar em uma reeducação corporal, a prática da ginástica laboral diminui o surgimento da LER (Lesão por Esforço Repetitivo). “Dentro dessa síndrome, existem milhares de doenças: tendinite, tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, bursite, entre outras”, explica. “Com a ginástica, elas diminuem”. O UOL elaborou uma lista com 11 exercícios de ginástica laboral, com a ajuda da fisioterapeuta Mayra Cabral Ayres, para que os profissionais que não contam com o apoio de um especialista possam obter os benefícios da prática no local de trabalho. Veja 11 dicas de exercícios de ginástica laboral (CLIQUE AQUI OU NA IMAGEM) A ginástica laboral melhora também a condição física e psicológica dos funcionários e o aumento da integração entre as equipes. “Ela aproxima pessoas que você, talvez, nem sabia o nome direito. Com isso, a ginástica melhora não só o relacionamento profissional, mas pode transformá-lo em uma relação particular, humana”, analisa Daniel Claret, fundador da Health Pro, empresa especializada em oferecer programas de saúde. Letícia explica que, com a norma reguladora 17, o Ministério do Trabalho estabeleceu parâmetros para que essa adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos funcionários acontecesse. Claret acredita que, de alguma forma, a ginástica laboral atua nas pessoas, relaxando a cabeça, o corpo e a musculatura como um todo, ajudando-as a desempenhar melhor suas funções. A introdução da prática de exercícios também beneficia os empregadores. “Para a empresa, além de reduzir o número de faltas, aumenta a motivação dos funcionários e isso faz com que eles acabem produzindo mais”, analisa Paulo Roberto Benício, fisioterapeuta e dono da empresa FIT (Fisioterapia Integrada ao Trabalho). Tipos de exercícios Os exercícios aplicados aos trabalhadores dependem do tipo de esforço a que estão condicionados. “Em um local onde o funcionário carrega bastante peso, como em uma fábrica, o maior número de lesões é por distensões musculares. Nesse tipo de empresa, a ginástica é mais voltada para o aquecimento”, conta Benício. Para esses profissionais, os exercícios devem ser mais dinâmicos, pois buscam aquecer as articulações e a musculatura, como o polichinelo. Já para quem está condicionado a uma sobrecarga mais estática, como quem trabalha em escritório, o fisioterapeuta afirma que os exercícios devem ser de alongamento, estimulando mãos, braços, ombros e coluna cervical. Quanta à duração, Claret considera três vezes por semana uma média ideal. Realizada apenas uma vez por semana, a atividade passa a ser contraproducente. “Se o empregador quer apenas uma vez, é preferível que leve uma pessoa para fazer uma massagem rápida”, avalia. “Vai ser mais aceito pelos funcionários e terá um efeito muito maior”. Benício acrescenta que cada alongamento deve ter entre 10 e 15 segundos, uma vez que o objetivo dos exercícios não é aumentar a flexibilidade do músculo, mas sim “distensionar” a musculatura.

Poa Day Run – 3ª etapa 2012

São nesses eventos de corrida que concluímos estar atingindo aquele que é um dos grandes objetivos da Health Care: Pessoas Transformadas. Temos a mais absoluta convicção que o exercício físico regular é o mais efetivo remédio pro corpo e pra alma que se tem notícia! Não percam as próximas edições e participem conosco em 2013! CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO e veja todas as fotos do evento.

Ginástica laboral ajuda a diminuir faltas e a aumentar lucros

Cresce número de empresas que apostam nas atividades físicas e terapias. É possível contratar serviço por custo a partir de R$ 800 mensal   Uma parada de pouco mais de dez minutos para que os funcionários façam exercícios de alongamento e relaxamento pode ajudar as empresas a aumentarem seus lucros. Cresce no Brasil o número de pequenas empresas que apostam nas atividades físicas e terapias como forma de melhorar a concentração e aumentar a produtividade dos colaboradores. A ginástica laboral consiste em contratar um profissional para fazer exercícios com os funcionários durante o expediente. De repente, no meio do trabalho, todos param o que estão fazendo para se esticar, mexer o pescoço, quadril, coluna e pernas. “Agora nós estamos passando por uma fase muito positiva, as empresas estão procurando prestadores de serviços mais organizados, para atender essa demanda do mercado, mas de forma organizada de forma profissional”, diz Valquíria de Lima, da Associação Brasileira de Ginástica Laboral. Baixo investimento inicial A empresária Sílvia Marques, que também é professora de educação física, entrou nesse segmento em 2007, com investimento inicial praticamente nulo. Ela montou um escritório na própria casa e usou a estrutura e o computador que já tinha. Para ela, o capital humano é primordial nessa atividade. “A gente tem que buscar os profissionais no mercado capacitados ou não. Se não estão capacitados, a gente vai capacitá-los para que possam estar atuando com qualidade dentro da empresa”, revela. O preço varia de R$ 800 a mais de R$ 10 mil por mês, conforme a quantidade de professores e o número aulas. “Os programas de ginástica laboral são contratos anuais com renovações automáticas e isso dá certa segurança, não só pra gente como empresa, mas também para o próprio contratante, para que ele tenha a noção do que está tendo de resultado, porque um contrato pequeno ele não vai conseguir ver o resultado do programa”, diz Sílvia. O professor Rodrigo Ferreira vai duas vezes por semana a uma empresa de informática fazer exercícios com a equipe de trabalho. Uma de suas funções é fazer a correção da postura dos funcionários. Ele orienta, por exemplo, as mulheres a evitarem sentar com a perna cruzada. “A gente pede também para afastar [as pernas], até pra facilitar o processo de circulação”, diz o professor. Na sequência, vêm os exercícios. A sessão dura 12 minutos e os funcionários trabalham a região do pesçoco, mãos, pernas e, principalmente, coluna. “A gente fica bastante sentado, então acaba sentindo dor sim. [Com os exercícios] melhora bastante”, diz Andrea Oliveira, uma das funcionárias da empresa. Para Álvaro Machado, outra colaborador da empresa de informática, a pessoa trabalha mais disposta. “É isso que faz a diferença.” Arteterapia Caso algum funcionário não queira ou não possa participar da ginástica laboral, a empresa de Silvia Marques também oferece a arteterapia. Trata-se de um trabalho diferente, que pode complementar a ginástica laboral ou ser feito como atividade única. “O objetivo da arteterapia é fazer com que o colaborador sinta mais auto estima. Melhora sua auto confiança, estimula a criatividade, faz com que ele realmente perceba do que é capaz e isso reverte para o trabalho dele”, explica a empresária. Depois de um rápido aquecimento, os funcionários vão trabalhar com argila e, enquanto criam formas, vão relaxando. “No começo tinha um preconceito grande com relação a perder tempo, milhões de e-mails pra responder, mas é uma ideia muito legal. Acho que o objetivo de desestressar é alcançado quando a gente faz alguma coisa do tipo”, fala o funcionário Michel Marotti. A colega Ana Lúcia Batata também é uma entusiasta da atividade. “Acaba somando com a parte de trabalho né, fica uma coisa mais legal pra gente trabalhar também”, diz. A aula de artes pós-expediente resulta em esculturas variadas e funcionários mais relaxados para o dia seguinte. A aula de arteterapia é feita duas vezes por semana e cada sessão dura 50 minutos. A empresa cobra R$ 1.200 por mês pelo serviço. Para a gerente de Recursos Humanos da empresa de informática, Denise Camargo, as aulas não podem ser consideradas despesas, mas sim investimento, com retorno garantido. Depois de um ano de ginástica e arte na empresa, as faltas diminuíram e a produtividade dos funcionários aumentou. “A empresa ganha profissionais mais felizes, mais descontraídos, com mais qualidade de vida e eu acho que o retorno é garantido”, diz Denise. NÃO DEIXE DE ASSISTIR A INTEGRA DO PROGRAMA. É SÓ CLICAR NA IMAGEM Fonte: Portal G1 – Pequenas empresas, grande negócios

Terapia do movimento – Treinamento funcional invade as academias

Com a promessa de um corpo saudável para enfrentar os desafios do dia a dia e banir as limitações do envelhecimento, o treinamento funcional invade as academias Esqueça os pesados aparelhos de musculação ou horas intermináveis de aulas que mais parecem uma tortura. O método do futuro, quando se fala em malhação eficaz e nada monótona, tem um nome e sobrenome: treinamento funcional. Como o termo diz, o objetivo é que o corpo mantenha sua funcionalidade. Em resumo, é preservar a capacidade de executar os movimentos do dia a dia, que vão desde sentar e levantar até alcançar um pote de biscoitos no alto da prateleira. A técnica ganhou imensa notoriedade nos últimos anos por ter sido eleita para esculpir o corpo de celebridades como Juliana Paes, Deborah Secco e Jennifer Lopez, bem como para turbinar o desempenho de atletas de alta performance, como jogadores de futebol e de tênis, nadadores e lutadores de MMA (Artes Marciais Mistas, popularizada por Anderson Silva). – Nada mais é do que tentar reproduzir a ação natural do corpo. Usamos tanto para a reabilitação quanto para o condicionamento físico – afirma Henrique Valente, um dos fisioterapeutas do Grêmio. Assim como Valente – que utiliza os princípios do treinamento funcional no time titular do Grêmio há alguns anos – um dos fisioterapeutas do Inter, Mauren Mansur, explica que a “febre” nas academias nada mais é que uma nova roupagem para a chamada cinesioterapia funcional: – É uma terapia que promove, através dos movimentos naturais do corpo, agilidade, potência, coordenação e estabilidade da parte central do corpo, garantindo maior eficiência neuromuscular. Enquanto os exercícios localizados, como a musculação, estimulam os músculos de forma isolada, no modelo funcional o treino é dinamizado com a ajuda de aparelhos simples, como bolas, elásticos, pesos e pranchas. O educador físico Christian Krause (que aparece na capa deste caderno), da academia Porto do Corpo, na Capital, diz que um dos grandes benefícios é o ganho de consciência corporal: – Os resultados vão de maior força e equilíbrio à propriocepção, que é a percepção do próprio corpo, incluindo a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio. Também é possível gastar energia – e muita energia – em uma das aulas, que duram de 45 a 60 minutos. O valor médio da mensalidade gira em torno de R$ 180, com aulas duas vezes por semana. Dependendo do nível de treinamento e intensidade, são queimadas de 400 a 800 calorias. A advogada Luciana Minuzzi, 34 anos, diz que, desde que começou a fazer as aulas, há um ano, conseguiu “secar” oito quilos, além de se livrar de uma lombalgia (dor na região lombar): – O melhor foi que substituí gordura por músculos. Sinto uma enorme diferença no meu corpo, em todos os sentidos – diz ela. Ávido praticante de esportes, o autônomo Luciano Di Concilio, 37 anos, diz que o treinamento lhe deu maior potência para surfar e nadar, por exemplo. – A musculatura melhora como um todo. Além de ser bem menos monótono – avalia. Uma opção que se encaixa em todos os perfis e idades A personal trainer Márcia Refinski, da academia MR Fitness, em Porto Alegre, garante que qualquer pessoa, em qualquer idade e perfil, está apta para se beneficiar deste tipo de treinamento: – O programa apenas precisa ser ajustado para cada condição física. E, é claro, é preciso de regularidade: no mínimo duas vezes por semana, fazendo parte da rotina de exercícios. Defendo que ele não substitui a musculação, e sim complementa. Um dos instrutores da academia Cia. Athletica de Porto Alegre, Gabriel Azambuja, afirma que a região central do corpo (chamada de core, composta por 29 músculos que sustentam o complexo quadril-pélvico-lombar) é a mais trabalhada: – Tudo se baseia no fortalecimento desta estrutura, que é o centro de produção de força e da geração de estabilidade, além da manutenção do alinhamento postural – afirma o professor. A fisioterapeuta Cláudia Joffre, do Vitta Exercício e Clínica de Saúde, lembra de outro benefício: – Para a correção de vícios posturais, é excelente. Como exige um trabalho de concentração maior, ativa mais áreas do sistema nervoso central. Além de tudo, é bom para a mente. Fonte: Zero Hora (Caderno VIDA de 06.10)

Estratégia 2: Laudo Ergonômico – 12 estratégias para redução do adoecimento osteomuscular relacionado o trabalho

Dando continuidade a série de 12 estratégias para redução do adoecimento osteomuscular relacionado o trabalho com alta produtividade falaremos hoje sobre o Laudo Ergonômico na empresa. O laudo ergonômico avalia as condições organizacionais do trabalho (pressão por metas, organização das atividades, frustração com metas divergentes, entre outros), as condições ambientais (temperatura, vento, luminosidade, ruído e umidade do ar) e as condições físicas do posto de trabalho (biomecânica corporal envolvida no desempenho da tarefa, postura, dimensionamento dos equipamentos e mobiliários, entre outros). Esta avaliação é o primeiro passo para a gestão ergonômica que foi a primeira estratégia apresentada nesta série. O laudo ergonômico tem por objetivo cumprir a legislação, em especial a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) n° 17 (conhecida apenas como NR 17) que exige que todas as empresas devem possuir estudo ergonômico. O laudo faz a mensuração do risco ergonômico envolvido em cada atividade desenvolvida no trabalho e sugere melhorias. Este controle permite desenvolver planejamento preventivo reduzindo o adoecimento, em especial os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho – DORT, e habilitando informações para defesa perante o nexo técnico epidemiológico (NETEP – INSS). Para quem ainda não está familiarizado com o NETEP este é um indicador usado pelo INSS, que relaciona o código de atividade econômica da empresa (CNAE) e o CID (código de classificação internacional da doença). Se a relação entre a atividade da empresa e a doença já estiver descrita no NETEP a classificação do afastamento do funcionário passa a ser acidentário e isto pode gerar uma série de custos e responsabilidades para a empresa, pois esta passa a ser responsabilizada pelo adoecimento do funcionário. Após esta classificação feita pelo INSS a empresa possui um prazo para se defender e provar que não foi sua responsabilidade o adoecimento do funcionário e neste ponto o laudo ergonômico e a gestão ergonômica (estratégia 1) são fundamentais nesta defesa.

O que inatividade física tem a ver com as empresas?

pesquisas que demonstraram que, em três anos, nas academias cariocas, 83% dos frequentadores diminuíram a dosagem do medicamento, 41% a frequência ao dia e 7% não precisam mais ser medicados Por Alberto Ogata  A revista Lancet publicou em julho, um estudo global bastante importante que analisou o impacto no adoecimento relacionado a doenças crônicas e na expectativa de vida relacionada à inatividade física (Lancet 380:219-229, 2012).Os autores lembram que os médicos na Antiguidade, incluindo os da China em2600 ACe Hipócrates (no ano 400) acreditavam no valor da atividade física (AF) para a saúde. No entanto, no século XX, surgiu uma visão diametralmente oposta: o exercício é perigoso. No início deste século, se prescrevia repouso completo para pacientes com infarto agudo do miocárdio e havia estudos para analisar os perigos da atividade física em comparação com a atividade intelectual. A partir dos estudos de Jerry Morris (1953) surgiram muitas evidências que documentaram os inúmeros benefícios da atividade física. Desde então se comprovou que a atividade física leva a redução nos índices de doença coronariana, hipertensão arterial, AVC, diabete tipo 2, câncer de mama e cólon, depressão e quedas. Em todo o mundo, estimou-se que a inatividade física causa de 6 a 10% das principais DCNT (doença coronariana, diabete tipo 2, câncer de cólon e mama). Além disso, este comportamento não saudável causa 9% da mortalidade prematura ou mais que 5,3 dos 57 milhões de mortes em 2008. Com a eliminação da inatividade física a expectativa de vida da população mundial deve aumentar em 0,68 anos.  Estes achados tornam a inatividade física similar aos fatores de risco bem estabelecidos – tabagismo e obesidade. Apesar disso, uma grande proporção da população permanece fisicamente inativa. Para quantificar o efeito da inatividade física nas DCNT, foi estimado o quanto estas doenças podem ser evitadas na população se as pessoas inativas se tornarem ativas, bem como quanto de expectativa de vida pode ser aumentado a nível populacional. O estudo demonstrou que o Brasil seria um dos países com maior impacto no aumento da expectativa de vida associado à abordagem da inatividade física, com redução de 8 a 14% na prevalência de doença coronariana, diabete tipo 2 e câncer do cólon e mama. Em artigo publicado no dia 29 de julho na Seção de Opinião do jornal Folha de São Paulo, matéria assinada pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha reforça a importância da atividade física para a saúde das pessoas. O ministro destaca que  o governo federal tem investido no Programa “Academia da Cidade” e prevê a instalação de 4.000 unidades até 2014. Cita pesquisas que demonstraram que, em três anos, nas academias cariocas, 83% dos frequentadores diminuíram a dosagem do medicamento, 41% a frequência ao dia e 7% não precisam mais ser medicados. Outros fatores que aumentam o risco cardíaco também sofreram drásticas quedas: 88% dos praticantes diminuíram o peso corporal, 62% o IMC e 84% a circunferência abdominal. Ressalta, finalmente dos dados do estudo VIGITEL  em que  se constatou redução da inatividade entre os homens, de 16% para 14,1%, uma redução de 0,7% ao ano. No âmbito da saúde corporativa, constata-se que além dos baixos indicadores de atividade física temos a questão das pessoas que ficam muitas horas sentadas em seus postos de trabalho. Os impactos deste comportamento são bem conhecidos e se constituem em risco isolado importante para doenças crônicas. Provavelmente abordagens como as do Programa Academia da Cidade, concebidos para envolver toda a comunidade têm impacto limitado para as ações no ambiente de trabalho. Deste modo, acredito que há dois desafios principais neste contexto: Os gestores de saúde nas empresas precisam utilizar estratégias específicas para o ambiente de trabalho envolvendo abordagens individuais, no ambiente e nas políticas corporativas. Neste contexto, devemos utilizar as técnicas de aconselhamento(coaching), economia comportamental  e incentivos. As empresas precisam ter uma ação mais proativa de “advocacy” para que o ambiente de trabalho possa ser considerado um espaço importante no planejamento de políticas públicas para a promoção da saúde, a exemplo do que acontece em outros países.

A falta de exercícios é responsável pelo mesmo número de mortes vinculadas ao ato de fumar

Pesquisa mundial revela a pandemia do sedentarismo A falta de exercícios é responsável pelo mesmo número de mortes vinculadas ao ato de fumar. É essa a conclusão de um estudo que envolveu 122 países e que será publicado hoje pela revista britânica The Lancet. O sedentarismo, de acordo com a pesquisa, é responsável por uma em cada 10 mortes em todo o mundo, índice comparável ao impacto do tabagismo. Para o coordenador do estudo global, que envolveu pesquisadores de 16 países, o gaúcho Pedro Hallal, do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), há uma pandemia de inatividade física. O estudo publicado em forma de artigos científicos revela que a inatividade física se tornou um contribuinte de peso para as principais causas de morte no mundo. O grupo de sedentários é formado por 1,5 bilhão de pessoas, o que representa 31,1% dos adultos. Entre 13 e 15 anos, o número é assustador: 80% não atingem a recomendação de uma hora por dia de atividade física. No Brasil, 49,2% das pessoas são inativas, o segundo pior resultado entre os países do continente americano. Perdemos apenas para a Argentina, que tem 68,3% de sedentários. O estudo, porém, traz perspectivas positivas, inclusive vindas da tecnologia. Já há resultados que comprovam que a telefonia móvel pode servir como incentivo para que um número maior de pessoas se torne fisicamente ativo, como no caso de Denilson Montenegro, retratado na página ao lado. Para Hallal, pela prevalência do sedentarismo em proporções globais e pelo impacto sobre a saúde, a inatividade física tem consequências imensas nas áreas de saúde, economia, ambiente e social. – Não existe um cálculo do quanto deixaria de ser gasto se as pessoas praticassem o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas, pelo que traz de benefícios, com certeza haveria uma grande economia. Quem é inativo… Em média, no mundo, 31,1% dos adultos e 80% dos adolescentes estão em risco elevado de doenças por deixar de fazer quantidades recomendadas de atividade física No Brasil,  49,2% estão no patamar de inatividade física, o segundo pior índice das Américas, atrás apenas da Argentina (68,3%), e entre os piores índices do mundo. As mulheres (51,6%) são, em geral, mais sedentárias do que os homens (47,2%) Qual é o impacto… Teoricamente, se o número de inativos diminuísse 10% ou 25%, entre 533 mil e 1,3 milhão de mortes poderiam ser potencialmente evitadas no mundo a cada ano. A expectativa de vida da população mundial aumentaria em torno de 0,68 ano se os inativos fossem eliminados. A inatividade física é… Não utilizar pelo menos 150 minutos por semana fazendo atividade física moderada (caminhada, por exemplo, em passo apressado, durante 30 minutos, cinco dias por semana), ou exercícios mais vigorosos por 20 minutos, três vezes por semana. Responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes ocorridas mundialmente em 2008, e por cerca de 1 em cada 10 mortes em todo o mundo, comparável ao impacto do tabagismo Apontada como causadora de entre 6% e 10% das quatro principais doenças não transmissíveis (doenças coronárias, diabetes tipo 2,  e câncer de mama e câncer de cólon). Corrida tecnológica   Estimulado por aplicativos baixados no telefone celular, há dois anos o gestor de tecnologia da informação Denilson Montenegro, 42 anos, cumpre todas as etapas do treinamento físico. As etapas vencidas são narradas pela voz eletrônica: “faltam três quilômetros”, “você está indo bem”. Quando o percurso chega ao fim, o sistema envia uma publicação para o Facebook e, cada vez que um amigo curte, aplausos são disparados pelo fone de ouvido. – Fica a sensação de que a galera está na torcida. Isso ajuda a aumentar o compromisso de manter o rendimento – comenta. A tela do computador também é transformada por Montenegro em um estímulo para quem está do outro lado. A dentista Luciane Pandolfo, 43 anos, estava parada há cinco anos. De tanto ver as publicações de Montenegro nas redes sociais, Luciane deu um basta no sedentarismo e seguiu os passos do amigo, recebendo aplausos de outros esportistas e também de sedentários – que um dia, espera-se, vão aderir a exercícios, ajudando a reduzir o quadro de inativos em todo o mundo, diminuindo as mortes e aumentando a expectativa e a qualidade de vida da população. História e prestígio Fundada em 1823, a revista The Lancet, da editora Elsevier, é uma das mais importantes publicações científicas da área médica. De acordo com o Journal Citation Reports, sistema de avaliação da Thomson Reuters utilizado mundialmente para classificar o impacto científico de publicações, a Lancet, com fator de impacto igual a 38,28, é a 7ª revista científica em geral com maior fator de impacto internacionalmente e a 2ª mais importante na categoria medicina geral. Fonte: Zero Hora

LER é campeã em afastamento do trabalho

Ler / Dort

No próximo dia 27 de julho é celebrado o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho. Mas a data também chama a atenção para outro problema ainda mais recorrente dentro das empresas de qualquer ramo, as doenças provocadas pelo desempenho de ações ou exercícios constantes. Não são só os atletas e esportistas que precisam de preparo físico para enfrentar diariamente o trabalho. Profissionais de todas as áreas sofrem lesões graves que muitas vezes os impedem de continuar na mesma atividade. Também conhecida como Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (Dort), a Lesão do Esforço Repetitivo, ou LER, é a principal causa deste afastamento. Segundo o médico perito da Gerência Regional do INSS em Uberaba, Paulo Borges, problemas causados pelo estresse nas atividades profissionais estão em primeiro lugar nas estatísticas de afastamento do trabalho. Ele afirma que a LER-Dort, Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, é um mecanismo que leva a determinados tipos de lesões, sendo que as doenças ortopédicas são as maiores causas de afastamento na região. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam um aumento de 12,7% no número de acidentes de trabalho entre 2007 e 2008. Em Uberaba, as doenças ortopédicas correspondem entre 20% e 40% das causas de afastamento do emprego, que pode chegar a três meses. Na avaliação do médico perito, são variados os fatores que influenciam as lesões. “Os distúrbios ocupacionais relacionadas ao trabalho algumas vezes não chegam a ser lesões propriamente, mas apenas uma fadiga muscular, por causa da repetitividade do movimento e de como é feito esse trabalho repetitivo. Entre os fatores estão atividades vibratórias, ou então de compressão de nervos, devido à postura inadequada. Então podemos dizer que é multifatorial a doença. Temos os fatores sociais que influenciam muito nas LER-Dorts de maneira geral, que é o problema da exigência no trabalho. É o chefe que exige e cobra do empregado, levando a pessoa a fazer suas atividades com certa rapidez, dentro de uma certa metodologia, desencadeando uma depressão ou estresse. Essa alteração aumenta a probabilidade de uma pessoa desenvolver essas doenças ou distúrbios osteomusculares e dores no corpo”, afirma Paulo. Pescoço, ombros, cotovelos, pulsos, nervos e músculos em membros superiores são os principais alvos de problemas que comprometem força e mobilidade. “Os distúrbios relacionados ao trabalho não são sempre lesões, algumas vezes são determinados por fadiga muscular, devido à repetição do movimento e de como é feito o trabalho. Entre os fatores estão atividades vibratórias, ou que comprimem nervos, por conta da postura inadequada”, explica. O médico revela que, de maneira geral, o desenvolvimento de LER é influenciado pela exigência no trabalho e as condições de adaptação do trabalhador à atividade exercida. Fonte: Revista Proteção Ilustração: Beto Soares/ Estúdio Boom

Região Sul apresentou a maior incidência de doenças ocupacionais do país em 2010

Atualmente empresas precisam competir no mercado nacional e internacional, e para tanto, necessitam de maior produtividade e menor custo. Nesse sentido, muitas vezes são impostos ritmos de trabalho intenso, jornada de trabalho prolongada e ambientes ergonomicamente inadequados. Com isso, a incidência das DORT’s tem aumentado, e o que antes era algo isolado passou a ser uma epidemia. Desta formas, nos dias atuais existem doenças relacionadas ao trabalho que podem vir a ser a causa da incapacidade para o trabalho, trazendo prejuízo para as empresas e funcionários. A média de doenças do trabalho aumentou nas últimas décadas, porém  nos últimos 3 anos o registro de doenças de trabalho diminuiu.  Acredita-se que esses resultados tenham ocorrido em função da maior CONSCIENTIZAÇÃO e ao Fator Acidentário de Prevenção (FAP), tendo em vista que as empresas que registrarem menos acidentes são beneficiadas com a redução de impostos (SAT). Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (2010), no Brasil ocorreram 701.496 acidentes de trabalho, e mais de 14 mil geraram incapacidade permanente.  Os acidentes típicos representaram 79% dos registrados, e a faixa etária mais atingida é dos 20 aos 30 anos. Na distribuição por atividade econômica, o setor industrial participou com 43,9% do total de acidentes registrados com Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT.  As partes do corpo com maior incidência de acidentes típicos foram o dedo e a mão, com 30,4% e 8,7%, respectivamente. Em relação às doenças do trabalho, a região SUL foi a que mais registrou casos, sendo que a maioria, 1.276,  ocorreram no Estado do Rio Grande do Sul. As partes do corpo mais atingidas foram o ombro, o dorso e o ouvido, com 19,0%, 12,5% e 10,2% respectivamente, sendo os CID’s mais incidentes os de lesões no ombro (M75) e sinovite e tenossinovite (M65). Em 2010 a atividade com maior incidência de doenças do trabalho foi a realizada por trabalhadores de funções transversais (operadores de robôs, de veículos operados e controlados remotamente, condutores de equipamento de elevação e movimentação de cargas etc.). Analisando os acidentes de trabalho de forma geral, e não só as doenças do trabalho, em 2010, a construção civil foi a que mais registrou acidentes com sequelas que impediram o trabalhador de voltar as suas atividades, sendo que a região Sudeste foi a mais acometida, seguida da região Sul. Nos próximos meses devemos ter acesso aos resultados do Anuário de 2011 e ficaremos na expectativa por reduções mais significativas dos acidentes e doenças de trabalho no Brasil. Faça você também a sua parte, alie-se a empresas especializadas em saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho. Junte-se a HEALTH CARE! Andréia Suzin Santiago Fisioterapeuta do Trabalho – Health Care

Afinal, qual é o número de repetições ideal para otimizar o aumento de massa muscular?

Ainda há muita controvérsia em torno dessa questão. Alguns defendem poucas repetições (4 a 10) com maior carga (peso); outros pregam que o melhor é realizar muitas repetições (15 a 30) com menor carga. Qual será o método mais eficaz? Para responder a esta pergunta, pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, dividiram 32 homens em quatro grupos e os submeteram a métodos diferentes de treinamento de musculação: (1) Quatro séries de 3-5 repetições com carga bem alta e 3 minutos de intervalo entre cada; (2) Três séries de 9-11 repetições com carga moderada e 2 minutos de intervalo entre cada; (3) Duas séries de 20-28 repetições com carga baixa e 1 minuto entre cada; (4) Grupo controle, que não fez nenhum exercício. Foram oito semanas de treinamento, com duas sessões semanais nas primeiras quatro semanas e três sessões semanais nas últimas quatro semanas. Os resultados? Apenas os grupos que utilizaram cargas altas e 3-5 repetições (1) e cargas moderas e  9-11 repetições (2) obtiveram ganho significativo de massa muscular. Vale lembrar que o estudo citado confirma o resultado obtido por outros, indicando que, para aumento de força e massa muscular devemos adotar cargas moderadas a altas e que permitam realizar apenas entre 3 e 11 repetições. Em resumo, se o seu objetivo é ganhar massa muscular, não se iluda: você vai precisar ter muita disposição para realizar treinos literalmente pesados na academia. Por Renato Dutra (Veja.com)