Falta da gestão deste indicador, cada vez mais, resulta em custos diretos e indiretos, comprometendo a produtividade, a competitividade e, inclusive, a qualidade do serviço prestado
Gerir o Absenteísmo, que é a ausência de funcionários em decorrência de problemas de saúde, e o Presenteísmo, que se caracteriza quando os colaboradores produzem abaixo de sua capacidade em função de inúmeros fatores, ligados ou não à saúde, passou a ser uma questão de sobrevivência nas empresas. A falta da gestão destes dois indicadores, cada vez mais, resulta em custos diretos e indiretos, comprometendo a produtividade, a competitividade e, inclusive, a qualidade do serviço prestado.
Na busca de ferramentas para enfrentar o problema, que em prazos curtos pode se tornar irremediável tanto para o funcionário quanto para quem o contrata, as empresas passaram a dar uma atenção crescente e contínua à promoção da saúde, à prevenção de riscos e das doenças ocupacionais, como é o caso da gigante Intelbrás, instalada em São José, que registrou nos últimos anos uma redução nos afastamentos junto ao INSS e uma significativa redução de custos relativos à operadora do plano de saúde.
As informações são do médico do trabalho que atua na empresa, Alexandre Dalmolin, que faz duas ponderações muito pertinentes. Segundo ele, além de a promoção da saúde melhorar o desempenho da empresa, já que pessoas saudáveis física, mental e espiritualmente trabalham melhor, a empresa ainda se beneficia financeiramente, pois a incorporação de boas práticas em saúde e segurança, atualmente, reduz os custos relativos a tributos.
É evidente, portanto, que se pode economizar muito dinheiro implantando programas de prevenção e promoção da saúde, pois tanto no absenteísmo como no presenteísmo, fica clara a diminuição da produtividade, o aumento dos gastos com assistência médica e custos previdenciários e a elevação do valor do FAP, um tributo calculado com base no histórico de acidentalidade de cada empresa. O FAP, ou Fator Acidentário de Prevenção, incide sobre a remuneração de trabalhadores e é destinado ao custeio dos benefícios decorrentes dos Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). É um índice variável, e quanto mais acidentes registrados nos últimos dois anos, maior será seu valor.
Felizmente, neste caso, funcionários e empregadores contam com a modernidade a seu favor. Recursos tecnológicos, a disseminação de informações de alta qualidade, o acesso aos processos produtivos e prestadores de serviços especializados nestas práticas – de promoção da saúde e da segurança dos trabalhadores – são fortes aliados do RH, pois conseguem minimizar riscos e doenças inclusive em familiares na condição de dependentes, que muitas vezes justificam os afastamentos.
O cenário é tão promissor às empresas especializadas em promoção da saúde que a catarinense TopMed, fornecedora da solução TopJob, conquistou o mercado nacional ao oferecer um programa inovador, que monitora afastamentos temporários ou por motivos de saúde através de um central de relacionamento. Conduzidos por uma equipe multidisciplinar, os contatos maximizam resultados em termos de mind share e heart share, e possibilitam o desenvolvimento de estratégias mais adequadas para o cliente e seus colaboradores, com a vantagem de identificar pacientes crônicos e com riscos de doenças ocupacionais.
As vantagens de se investir em práticas que garantam a saúde e a segurança ocupacional são inquestionáveis, com resultados expressivos refletidos na diminuição do tempo médio de afastamentos, no aumento da produtividade, na redução do absenteísmo, do presenteísmo e do FAP (Fator Acidentário Previdenciário), e na diminuição das despesas ligadas a estes fatores.
*Leandro W Marcucci, Psicopedagogo, administrador especialista em Saúde Mental e Gestão da Qualidade e Product Manager da TopMed