Hergon

“Memória muscular’’ facilita retorno da boa forma

Uma boa notícia para quem já suou para ganhar músculos e depois abandonou a atividade: um estudo com camundongos, publicado na revista científica PNAS, mostra que o corpo se lembra desse período de exercícios intensos. Isso, claro, facilita a recuperação da forma física no futuro. A origem dessa “memória muscular’’ está nos miócitos, células longas, pulsantes e salpicadas de núcleos, que formam os músculos. Após intensa atividade física, novos núcleos são adicionados às fibras musculares existentes. Esses núcleos estimulam a produção de proteínas, o que aumenta o volume do músculo. Músculos, porém, atrofiam após um período de desuso, o que pode ser notado no caso de paraplégicos. O que se pensava é que a perda de massa muscular estava ligada à queda no número de núcleos em miócitos ou à morte dessas células, mas cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega, descobriram que a quantidade de núcleos permanece praticamente inalterada após um longo período de desuso, e a recuperação dessa massa é mais rápida em quem apresenta um histórico de atividade muscular intensa.

Onde fracassam os cardiologistas

por João Carlos Guaragna* As doenças cardiovasculares ainda lideram como as que mais matam em todo o mundo: um em cada três óbitos. O coração continua adoecendo silenciosamente e, assim, matando muita gente. Infelizmente, nós, cardiologistas, não somos suficientemente bons em prevenção. Nas últimas décadas, somente o controle do colesterol foi satisfatório, devido ao emprego de drogas redutoras de seus níveis. Diabetes tipo 2 aumentou, praticamente, em todas as regiões do planeta. As drogas utilizadas, os “stents” coronarianos, a cirurgia cardíaca, os marcapassos e os desfibriladores automáticos implantáveis prolongaram a vida de muitos cardiopatas. Mas não conseguimos impedir o surgimento da doença. Como é difícil convencer nossos pacientes de que devem modificar seus hábitos de vida! Nossa dificuldade começa dentro das faculdades de Medicina. Desde o início, queremos ver doenças. O interesse pelo patológico é maior do que pelo funcionamento normal do corpo humano. Quando residentes, somos estimulados e nos excitamos diante da possibilidade de demonstrarmos nossas habilidades com procedimentos relacionados a salvar vidas. Realmente, nenhum cardiologista esquece a poderosa sensação experimentada após recuperar alguém de uma parada cardíaca. As emergências e UTIs devem ter qualificação superior para garantir o melhor atendimento aos pacientes gravemente enfermos. Mas, se tivéssemos uma atenção preventiva melhor, será que um menor número desses pacientes não estaria ocupando espaço nessas emergências? Quem sabe não teríamos menos filhos sofrendo pela morte súbita de seus pais? Não perderíamos menos amigos queridos? Pouca atenção damos à prevenção de forma efetiva. Congressos de cardiologia não incluem mais do que 10% de temas com foco na profilaxia primária. Em 35 anos de profissão, presenciei uma grande evolução no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares. No controle da hipertensão arterial, foi notável o surgimento de drogas eficazes e seguras. Entretanto, menos de 20% dos pacientes com pressão alta fazem o tratamento prescrito por seus médicos. Aumentam de peso, continuam sedentários e fumando. E ainda temperam tudo isso com muito sal! Não é um fracasso? Quando determinamos a eficácia da medicina atual, quanto mais doente estiver uma pessoa, melhor. Portanto, temos um sistema de cuidados das doenças em vez de um sistema de cuidados de saúde. O custo econômico da prevenção primária não é elevado. A sua dificuldade está na conscientização. A abordagem será mais efetiva quanto mais precoce, isto é, junto aos jovens. Estes aprendem mais rápido e, assim, podem ensinar aos adultos no núcleo familiar. Caros pacientes, os cardiologistas pedem socorro. Ajudem-nos, que estarão beneficiando a si próprios.

Mulheres ganham nova fórmula para frequência cardíaca

Fonte: Folha.com publicidade A fórmula clássica para calcular a frequência cardíaca (batimentos por minuto) máxima e nortear exercícios não serve para mulheres. É o que concluiu um grupo da Universidade Northwestern, em Chicago, que há 18 anos estuda o coração do público feminino. Há 40 anos, a frequência cardíaca máxima (FCM) é definida por uma conta simples: 220 menos a idade da pessoa. O resultado condiz com o que foi observado em pesquisas populacionais. O problema é que a participação de mulheres nessas antigas pesquisas era mínima. Por isso, os dados não são precisos, diz a coordenadora do novo estudo, a cardiologista Martha Gulat. Em entrevista à Folha, Gulat diz que a fórmula deve se tornar padrão. “Não somos “homens em tamanho menor”, e até hoje não havia dados sobre mulheres em relação à frequência cardíaca. Fizemos um grande estudo e as evidências são muito fortes.” Publicado no “Circulation”, da Sociedade Americana do Coração, o estudo incluiu 5.500 mulheres. E concluiu que a FCM da mulher é entre oito e dez batimentos/ minuto menor do que a do homem da mesma idade. “Sabendo sua FCM de forma precisa, a mulher pode atingir os objetivos pretendidos com o treino”, diz Gulat. A cardiologista também diz que o novo padrão permite diagnósticos mais realistas no teste de esforço (eletrocardiograma na esteira). Segundo Turíbio Leite, professor de medicina do esporte da Unifesp, esse é o primeiro estudo avaliando diferenças de gênero na FCM. “Tem fundamento, mas não sei como será a aplicação.” A maior dificuldade, segundo Gulat, é fazer o cálculo: 206 menos 88% da idade. “Uma calculadora resolve. Estamos preparando um aplicativo para iPhone e internet”, conta ela. POUCOS ESTUDOS “A mulher não se iguala ao homem no desempenho físico. Há poucos estudos específicos para elas”, concorda o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb. Para Ghorayeb, montar treinos baseados em índices femininos é interessante, mas é preciso mais pesquisa para validar a nova fórmula. Cláudio Silva, presidente da Associação Brasileira de Academias, diz que o ideal seria incorporar já esses dados. “Os fabricantes poderiam imprimir as novas tabelas nos aparelhos”, diz. Hoje, muitas esteiras têm no painel um quadro com as frequências cardíacas segundo a fórmula que não diferencia homens e mulheres. Embora haja um desvio padrão, a frequência máxima obtida por fórmula é fixa para cada ano de vida. O condicionamento permite que a pessoa aumente a intensidade da atividade sem ultrapassar a “zona-alvo” do treino. São frequências entre 65% e 85% da máxima, que atendem a diferentes objetivos. CÁLCULO DEIXA TREINO MAIS SEGURO Saber com mais precisão a sua frequência máxima permite maior controle do treinamento e obter melhores resultados com menos esforço. Também há menor risco de exceder os limites seguros durante a atividade, de acordo com Cleiton Libardi, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Unicamp.

Anvisa libera consumo de creatina e cafeína para atletas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (26) a liberação do uso da creatina e da cafeína por atletas. De acordo com o órgão, ficou comprovado que o consumo correto dessas substâncias pode auxiliar no desempenho durante os exercícios repetitivos de alta intensidade e de curta duração, além de contribuir para a resistência aeróbica em exercícios físicos de longa duração. A diretora da Anvisa Mara Cecília Martins Brito explicou que a creatina e a cafeína eram comercializadas anteriormente apenas como medicamentos ou clandestinamente como alimentos, já que não havia estudos que comprovassem a eficácia dos produtos. Ela destacou que, apesar da liberação, o consumo fica restrito apenas a atletas e não a praticantes de atividades físicas com objetivo de promoção da saúde. Os riscos, de acordo com a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, incluem sobrecarga renal, no caso da creatina, e arritmia cardíaca, no caso da cafeína. “O nutricionista é responsável por esse paciente. O que acontece é que as pessoas usam de forma indiscriminada”, disse. A resolução da Anvisa deve ser publicada até a próxima segunda-feira (3) e prevê a comercialização da creatina como produto pronto para consumo entre 1,5 grama (g) e 3g. A substância pode ser adicionada de carboidratos, mas não de fibras alimentares. Já a cafeína pode ser comercializada entre 210 miligramas (mg) e 420 mg, mas não pode ser adicionada de nenhum tipo de nutriente. As novas regras estabelecem parâmetros também para a venda de pacotes de suplementos alimentares, conhecidos como packs. Com as mudanças, diversas substâncias podem ser acondicionadas em uma mesma embalagem, mas cada produto que compõe o pack deverá ser registrado individualmente na Anvisa. O órgão informou ainda a proibição da venda dos chamados aminoácidos de cadeia ramificada como alimentos para atletas. De acordo com a Anvisa, eles não representam riscos à saúde, mas não cumprem o efeito prometido de fornecer energia. As empresas têm 18 meses para se adaptar à nova regulamentação.

O Cobra que é fera

Acho que ele deu uma exagerda, mas é por ai… Segue entrevista publicada na ZH do treinador pessoal do Airton Senna Está perto o dia em que as empresas irão contratar um funcionário levando em conta o consumo máximo de oxigênio do candidato. Significa que, além do currículo do profissional, empregadores estarão de olho em qual o VO2 máximo, a quantidade de oxigênio que passa pelo coração por minuto e é assimilada pelo organismo. A previsão é preocupante se você estiver fora de forma, e o autor dela é Nuno Cobra. Aos 72 anos, em grande forma, o preparador físico ganhou fama disseminando a ideia de que “o professor do cérebro é o músculo” e por seu trabalho com o campeão de F1 Ayrton Senna. Também treinou empresários, como o presidente do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, e é autor do livro A Semente da Vitória. Estilo Próprio – Qual é o seu conceito de beleza física? Nuno Cobra – É o físico estar belo, o que está baseado no nível de saúde dessa pessoa. Muitas vezes as pessoas falam “Eu tô com saúde porque eu não tô doente”. Mas a saúde não é simplesmente a ausência da doença. A saúde é a pessoa encantada com a vida, aí vem o belo, a maior expressão da vida sintetizada no encantamento de viver, mais nada. A beleza não são traços apenas, é energia, vitalidade, é aquela pessoa que passa uma expressão de vida. Está cheio de gente que não está doente, mas o nível de saúde está lá no pé da mesa. Essa é uma pessoa feia. Pode ter traços lindos, mas está morta. EP– Para alcançar esse nível de saúde que o senhor defende é obrigatório praticar uma atividade física? Cobra – Não só fazer uma atividade física. É preciso fazer de maneira correta, sem malhação estúpida. Uma atividade que seja feita em equilíbrio de oxigênio e que a pessoa não esteja sendo maltratada ou agredida. Em A Semente da Vitória (livro de Nuno Cobra), digo que malhar é para Judas num sábado de aleluia. Se a pessoa caminhar ou correr, praticando de forma agradável, sem sofrer, está construindo o seu lastro cardiovascular, e esse lastro é que vai dar mais energia, mais vitalidade e mais disposição. EP – O senhor acredita mesmo que chegaremos a um nível em que as empresas vão avaliar o consumo máximo de oxigênio do candidato a um emprego? Cobra – Não tem como ser diferente. Trabalho há mais de 50 anos, quando, pelo que eu dizia, achavam que era louco. Mas hoje um monte daquelas coisas que eu dizia a ciência comprovou. Pregava que a gente chegava ao cérebro pelo músculo e desenvolvia o cérebro, o espírito, pelo corpo e o elevava. Não faz poucos anos, a ciência comprovou que quando você está caminhando, está correndo, fazendo atividade em equilíbrio de oxigênio, o cérebro está fabricando novos neurônios. O músculo é professor do cérebro. Sem um trabalho físico, você não consegue elevar seus níveis de energia, vitalidade e disposição. Não é tomando remédio que vai conseguir isso. EP – Exercício, seja ele qual for, é obrigatório? Cobra – Não pode esquecer que você geneticamente caminhou na terra por vários milhões de anos. Você se tornou um animal do movimento e não pode prescindir disso. Nosso organismo é perfeito. Você faz besteiras, não dorme, come porcaria, não faz atividade física nenhuma, e ele vai aguentando 20, 30 anos. Uma hora ele desequilibra. Também coloco no meu livro que o sono é fundamental, assim como a respiração, a alimentação e o relaxamento. Já peguei uma infinidade de pessoas com as quais trabalhei com 28 mililitros, 26… EP – Não entendi, 28 mililitros de quê? Cobra – Vinte e oito mililitros de sangue que passa no coração dela por minuto. É o consumo máximo de oxigênio ou também chamado VO2 máximo. Se passa no sangue dela 28 mililitros e é absorvido pelos seus tecidos, pelos seus órgãos vitais, ela está num déficit tão extraordinário que não adianta fazer curso, aplicar em palestras… A empresa gasta dinheiro estupidamente. EP – É fato que vivemos um problema seriíssimo de obesidade no mundo, inclusive a obesidade infantil. A que se deve isso? Cobra – A alimentação tem que ser uma coisa sempre de acordo com seu gasto calórico. A maioria das pessoas não tem por que comer. A fome não existe. EP – Como assim a fome não existe? Cobra – A fome nada mais é do que uma compulsão que você tem quando começa a comer. Se você não começar a comer, você não tem essa compulsão. Eu já tive aqui no meu consultório dezenas e dezenas de pessoas morrendo de tão magras e não conseguindo comer porque justamente elas ficaram sem comer para ficar magras. Você põe um chocolate no bufê da sua casa. A primeira vez que você passar e olhar para esse chocolate você vai ter uma força X para comer esse chocolate. A segunda vez vai ser X menos Y. A terceira, X menos Y menos Z. Se você ficar um mês passando, aquele chocolate não vai representar mais nada pra você. Mas mesmo que tenha passado um mês, se você for lá e der uma pequena mordida no chocolate, eu duvido que você não vá comer esse chocolate inteiro. Então entra a compulsão. E as pessoas confundem isso com fome. EP – E essa fissura mundial que se tornou a corrida. As empresas estimulam muito. Qual a sua opinião? Cobra – Acho uma estupidez. As pessoas continuam correndo para ganhar, para fazer um tempo menor e para serem mais rápidas. Acham que a performance é resultado da sua dedicação, do seu esforço, do seu sofrimento, do seu martírio. Mas a performance é você lá na frente conseguir correr mais rápido, não pelo seu sofrimento, mas como um resultado da melhoria da sua eficiência cardiovascular que vai fazer você ter uma performance melhor. Então sair correndo que nem vaca brava, nota zero. Não

Vamos lá, enfrente, com coragem!

Achei o texto bastante interessante. Acho que pode ser uma lição para qualquer desafio que assumimos. Como começar a praticar atividade física regular é, e sempre será, uma desafio, ai vai algumas dicas. Fonte: Blog Unimed Espaço Vida A liberação de neurotransmissores como a endorfina e a dopamina gera prazer e, a partir de um determinado momento, evita que se abandone a atividade física regular. Mas é preciso começar Superação é a palavra de ordem nos primeiros meses. Assim, adotar definitivamente uma atividade física regular fica muito próximo de um… ato heróico! Coragem para começar mesmo estando muito acima do peso, mesmo se sentindo um peixe fora d’água. Coragem para deixar o carro em casa e caminhar ou pedalar até o trabalho. Coragem para acordar mais cedo e encaixar uma hora de suor antes do trabalho. Coragem para vestir um abrigo e sair na chuva mesmo. Coragem para, quem sabe, se inscrever em uma competição. Enfim, não importa o objetivo. Desafie-se. Prove de sua coragem. Por quê? Porque faz bem à saúde. Duvida? Leia abaixo motivos para acreditar. 1 – Superar metas revela nosso potencial Como saber do que somos capazes se não somos desafiados a testar nossos limites? As dificuldades que encontramos ajudam a revelar forças desconhecidas, mostram o quanto precisamos melhorar e aprender para nos tornarmos a pessoa que desejamos ser. Transformar-se requer mudança, ruptura, renovação. Encontrar um obstáculo no caminho dos nossos planos é a única maneira de nos forçarmos a abrir mão de velhos hábitos e de velhas crenças. O obstáculo entre nós e o nosso real desejo é capaz de revelar o potencial para a superação. Quando o obstáculo parece ser maior do que as forças, devemos parar e avaliar o porquê de percebermos as coisas dessa maneira. Há muitas formas de transpor uma barreira, e nem todas as pessoas encontram as mesmas soluções no mesmo tempo, pois o que funciona para um não funciona para todos. 2 – Encorajar-se causa prazer O desafio nos força a avaliar o que realmente é importante para nossa vida. Quando algo é realmente importante para nós, descobrimos que somos capazes do impensável. A ausência de desafios faz com que tudo na vida pareça igual; é como se a certeza de que os acontecimentos se darão de uma determinada forma nos levasse a uma espécie de letargia motivacional. Não dá para desperdiçar energia e tempo com o que não é significativo para a nossa vida. Aí reside o prazer da superação. Quando vencemos um desafio, nos sentimos mais coerentes, mais de acordo com os nossos desejos e motivações. Reconhecer o valor de uma ação nossa dá significado à vida que estamos vivendo, sentir que estamos dispostos a lutar pelo que queremos gera coragem e confiança, e isso dá muito prazer! 3 – Conquistas repercutem em outras áreas Quando atingimos uma meta e/ou vencemos um desafio, em qualquer área da vida, nos sentimos mais confiantes. A superação sempre exige que desenvolvamos, ou aperfeiçoemos, uma habilidade. Ou seja, superação sempre está associada à transformação. Não é possível atingir uma meta, alcançar um objetivo sem mudarmos algo em nossa forma de fazer, pensar e sentir. Por isso o efeito positivo obtido com a superação, numa área qualquer da vida, desencadeia todo um processo de reavaliação da autopercepção, levando a nos vermos como mais capazes. Tudo isso melhora a autoestima e nos predispõe a nos sentirmos mais mo tivados a correr riscos, a tentar coisas que nunca fizemos antes, ou a ir mais longe e mais fundo naquilo que já fazemos. 4 – Autoconhecimento domina receios A coragem tem a ver com autoconfiança, logo, baixa autoestima e pouca confiança na própria capacidade tendem a nos fazer hesitar frente ao desafio. Em função disso, o medo do fracasso leva muita gente a hesitar. Quando nos lançamos no enfrentamento de um desafio, é fundamental considerar a possibilidade do insucesso, e se preparar para lidar com ele, caso ocorra. A pessoa que se sente insegura, pouco confiante, não suporta pensar no fracasso. Isso acontece porque ela se vê como tão incapaz que não consegue pensar nisso como oportunidade de aprendizado e de correção das próprias limitações. Esse tipo de visão gera muita ansiedade, fortalecendo o medo, que ganha força e leva à paralisação. Seguramente, enfrentar o medo de fracassar requer coragem! Um outro medo que também paralisa é o do sucesso. A possibilidade do sucesso gera medo porque, ao sermos bem-sucedidos, criamos expectativas mais altas, sobre nós e sobre os nossos feitos. Quanto mais consciência temos do que sentimos, pensamos e queremos, mais chances temos de identificar o que realmente importa, e o desejo é um dos grandes “gatilhos” para a expressão da coragem. É fundamental desejarmos muito aquilo que buscamos. Há muitas formas de ser corajoso, e a maioria delas não envolve feitos extraordinários, força descomunal ou grandes malabarismos, mas exige uma enorme dose de disposição para agir de acordo com o próprio coração. Fonte: Angelita Viana Corrêa Scardua é Mestre em Psicologia Social pela USP/SP, Especialista em Psicologia Junguiana (PUC), pós-graduada em Neurociências e Comportamento (USP).

Em paz com o travesseiro

Planeje as tarefas do dia seguinte antes de deitar (fonte: caderno Vida – Zero Hora) Da mesma maneira que se alimentar de maneira saudável e praticar exercícios físicos, dormir bem é essencial para uma boa qualidade de vida. É durante o sono que a imunidade é reforçada, células são renovadas e os radicais livres são neutralizados. O sono é o período de repouso de que o organismo precisa para revigorar as energias para mais uma jornada. As funções cognitivas melhoram e até os ossos e músculos se regeneram com mais facilidade, revelam pesquisas do Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina. Uma noite bem (ou mal) dormida interfere no humor, na criatividade, na atenção, na memória. Nem todos precisam de oito horas de sono para se sentir dispostos. Os pequenos dormidores, cerca de 2% das pessoas, necessitam apenas de cinco a seis horas de sono ao dia para recobrar o pique. Já os grandes dormidores, outros 2%, de 10 a 11 horas. – O importante é que, ao acordar, a pessoa esteja descansada e com energia para realizar as tarefas de mais um dia – ressalta o fisioterapeuta e pesquisador de sono Mário Miguel, de São Paulo. Conheça os riscos Se você não dorme bem: > A possibilidade de engordar aumenta. > A memória falha com mais frequência. > O diabetes pode evoluir. > O envelhecimento acelera. Fonte: Fontes: Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina, estudo das Universidades Harvard (EUA) e de Surrey (Reino Unido), fisioterapeuta Mario Miguel, site M de Mulher Para ter bons sonhos > Crie o hábito de ir para a cama sempre no mesmo horário. No começo pode ser difícil, mas depois o corpo se condiciona a essa rotina. > Comece a desacelerar uma hora antes de se deitar. Evite atividades barulhentas ou excitantes. Massagens e banhos são sedativos naturais. Ajudam a relaxar e a preparar o organismo para o descanso. > Evite consumir estimulantes poucas horas antes de dormir, como chocolate, guaraná em pó e bebidas com cafeína. > Bebidas alcoólicas prejudicam o sono. Apesar de provocar um relaxamento imediato, elas excitam e dificultam o sono. > Não faça um superjantar antes de se deitar. Em vez de relaxar, o organismo terá de se ocupar com a digestão. > Evite realizar atividade física próximo à hora de dormir. O exercício o deixará desperto e o sono será prejudicado. > Desligue a TV ao deitar. A luz intensa da tela estimula o cérebro, que não consegue se desligar. A mesma regra vale para outros eletrônicos, como computador. > Antes de deitar, planeje o dia seguinte. Assim, conseguirá relaxar e não desviará a atenção do cérebro para a agenda de compromissos. > Se não consegue dormir, não fique contando os minutos olhando para o despertador. É melhor levantar a passar horas revirando os lençóis. > Para repousar, o organismo precisa baixar a temperatura. Se o quarto é quente demais, o corpo não consegue equilibrá-la e ter uma boa noite de sono se torna mais difícil.

Crianças com sobrepeso que emagrecem até a adolescência evitam problemas na vida adulta

Ao iniciar um estudo com mais de 90 crianças de Porto Alegre, a nefrologista pediátrica Ana Maria Teixeira Verçoza, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), esperava confirmar a hipótese de que a aterosclerose (espessamento das artérias que pode levar a problemas cardíacos graves) estava intimamente ligado ao histórico familiar da criança. Se algum parente tem a doença, a probabilidade de a criança ter o problema é maior, pensava a médica. O resultado a surpreendeu. O histórico da doença na família influencia pouco a aterosclerose infantil. Então, o que provocaria o espessamento das artérias? Simples: os hábitos alimentares. Segundo os dados compilados, quase metade das crianças obesas ou com sobrepeso que participaram do trabalho apresenta características iniciais do problema. Índice que assusta e mostra que o comportamento nos primeiros anos de vida tem reflexos importantes na idade adulta. – Quando a aterosclerose começa a aparecer já na infância, o risco de essa pessoa se tornar um adulto com aterosclerose avançada é muito grande. Isso aumenta a probabilidade de sofrer de problemas cardíacos – explica Ana Maria. A boa notícia: o problema é reversível. Alimentação balanceada e exercícios regulares costumam ser suficientes. A partir daí, o organismo trabalha sozinho. Quando o peso volta aos níveis ideais até os 13 ou 14 anos, a aterosclerose tende a reverter, enquanto na idade adulta o processo é mais complicado. As artérias voltam ao normal rapidamente, e a criança terá menor risco de complicações cardíacas no futuro. – Com hábitos saudáveis, a pressão arterial cai, e há menos risco de sobrecarga do coração – afirma a cardiologista pediátrica Lucia Pellanda. A empresária Fabiana Roland, mãe de Gustavo, cinco anos, prepara mudanças para a vida do caçula após a mesa farta das festas de fim de ano. Fã de doces e salgadinhos, ele terá de ir a uma nutricionista para perder peso. – Ele sempre foi fofinho, mas já estou cortando o refri – adianta. [email protected] DANIEL CARDOSO Futuro saudável > Hipertensão: a obesidade pode provocar obstrução das artérias, o que dificulta a passagem do sangue. Em consequência, a pressão sanguínea é aumentada. Isso leva a vários problemas, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). > Diabetes: doença até então rara entre crianças que, com o aumento de peso e do acúmulo da gordura abdominal, está se tornando mais comum. Não tem cura e precisa ser controlado por toda a vida. Caso contrário, pode causar vários problemas sérios, como cegueira e amputação de membros. > Problemas ortopédicos: com o corpo mais pesado, as articulações, como joelhos e tornozelos, ficam sobrecarregados, o que resulta em lesões que podem se complicar. > Colesterol: os níveis elevados são um dos fatores de risco para problemas cardíacos. É importante que a criança mantenha os índices dentro do ideal. Assim, tende a ser um adulto mais saudável. Ao livrar-se dos quilos em excesso até os 13 ou 14 anos, a criança é poupada de complicações:

Você ainda é realmente jovem?

Publicado em 25 Novembro, 2009 por Christian Barbosa Você acha que a vida está passando rápido demais? Não tem tido tempo para aproveitar as coisas que você gosta? Faz tempo que você não tira um tempo para você? E aquele livro que você queria ler, ficou para depois? Não fique preocupado se você disse sim a pelo menos uma das perguntas acima, você não é o único. Essa sensação de que a vida está passando e você não está aproveitando está se tornando cada vez mais comum. Isso reflete a falta que faz, atividades importantes no seu tempo. Importante é algo que irá trazer um benefício real para você a curto , médio ou longo prazo. Pode ser uma atividade de lazer, intelectual, emocional, social, espiritual, familiar, profissional, etc. O que pode ser importante para você, pode não ser para mim. Não importa o que é que você irá fazer, importa o efeito que isso vai causar para você. Quer ouvir uma música? Ver um filme? Dar um grito? Dar um abraço? Dizer que ama alguém? Ler uma piada? Fazer uma massagem? Tomar um drink? Ler aquele artigo interessante? O que você pode fazer de importante por você agora? Que tal parar por 3 minutos e fazer algo simples, mas importante para você? Sabe o que é pior disso tudo? É que viver o importante é tão óbvio, tão simples e prazeroso de fazer, mas sempre é negligenciado, adiado em função da última urgência ou da nova circunstância. Você não precisa administrar seu tempo! Você precisa administrar a importância na sua vida! Você já está cheio de urgências e circunstâncias, mas faltam momentos importantes para curtir. É comum ouvir as pessoas falarem que depois dos 20 anos o tempo voa! Eu não me conformo com essa frase. Em outras palavras esse chavão quer dizer: “ Quando eu era jovem curtia a vida e agora sou um escravo das urgências.” É fácil lembrar da juventude, afinal foram tantos momentos importantes. A vontade de descobrir o mundo, a impulsividade, a paixão, as baladas com os amigos, os livros, as músicas. Resumindo: você estava feliz, alegre e vivo! O que mudou? Você deixou a rigidez da responsabilidade envelhecer a sua juventude? Os problemas controlarem sua alegria? A gordura estragar sua saúde? A urgência sobrepujar a importância? Eu não vou deixar o jovem que habita em meu ser envelhecer! Simplesmente eu não aceito essa condição. Quando eu for idoso de idade (e isso chegará para todos, graças a Deus!), nunca direi que sou “velho”. Falei para todos que sou um jovem reciclado! Eu vou manter a importância da chama da juventude acesa para todo o sempre.