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Bicicleta vence desafio intermodal em SP

Competidor levou 22 minutos e 50 segundos para percorrer 10 km entre a zona sul e o centro de São Paulo em pleno horário de pico Vanessa Barbosa, de      Bicicleta chegou 5 minutos à frente da motocicleta, que ficou em 2º lugar São Paulo – As bicicletas deram um show de agilidade na noite de ontem. Elas foram as grandes vencedoras do Desafio Intermodal, que avaliou o desempenho de 12 tipos de transportes na cidade de São Paulo. Em sua 6ª edição, a competição organizada pelo Instituto CicloBR pretende mostrar o modo mais rápido para se locomover pela cidade no horário de pico do trânsito, a partir das 18h, levando em conta o tempo, custo e emissões de CO2. O primeiro competidor a concluir o trajeto de 10 km entre a Praça General Gentil Falcão, no Brooklin, na Zona Sul, e o prédio da Prefeitura, ao lado do Viaduto do Chá, na região central, venceu o desafio a pedaladas. O ciclista campeão levou 22 minutos e 50 segundos para completar o percurso, deixando pra trás modais como ônibus, metrô, carro e motocicleta. A bike chegou cinco minutos e 23 segundos à frente do segundo colocado, a motocicleta, que liderou o desafio no ano passado. Em seis anos de competições, são as magrelas que mais levaram vantagem, vencendo quatro edições do intermodal contra duas vitórias das motos. Os resultados consolidados de todos os modais que participaram do desafio será divulgado pelo CicloBR na sexta.

Novos estudos garantem: a carne vermelha não faz mal

Em porções de apenas 150 gramas por dia e sem gordura, a carne bovina aparenta não elevar os níveis de colesterol Fonte: VEJA.com por Aretha Yarak, de Porto Alegre Carne vermelha: sem gordura e em quantidades pequenas, não faz mal ao organismo (Thinkstock) Comer carne vermelha não faz mal ao coração. Pelo menos o corte magro, sem gordura alguma, quando servido em porções frescas de apenas 150 gramas ao dia. A absolvição do bife acontece depois de longos anos sendo considerado um dos vilões das doenças cardíacas. Estudos recentes, apresentados durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que termina nesta segunda-feira em Porto Alegre, apontam que a carne vermelha, nas condições citadas acima, não eleva os níveis de colesterol, nem traz riscos à saúde cardiovascular. O primeiro levantamento de grande porte realizado sobre o assunto analisou dados de 56.000 pessoas. Publicada no fim de 2010 no periódico médico Circulation, a pesquisa dividia a carne vermelha em dois grupos: o corte fresco e o processado. Descobriu-se, então, que os riscos aumentados para doenças cardiovasculares e cerebrais estavam associados a apenas um desses dois grupos: o da carne processada. Segundo Kevin J. Croce, cardiologista da Universidade de Harvard, a carne processada tende a ser preparada com o corte menos saudável, enriquecida com sal (fator de risco para a hipertensão) e nitrito, substância que adia o ranço e estabiliza o sabor e a cor característica. Isso sem contar na gordura presente em algumas carnes processadas, como linguiças, salames e bacons. Gordura é a vilã – Partindo do resultado da pesquisa de 2010, uma equipe multidisciplinar conduzida por Iran Castro, coordenador de Normatizações e Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pesquisador do assunto, acompanhou por seis meses 50 voluntários, divididos em grupos que comiam 150 gramas de carne bovina magra, sem gordura, alimentada com ração ou pastoreio. Todos ingeriam carne fresca (nunca a processada) e uma refeição com baixo teor de colesterol total. Ao final do estudo, o pesquisador percebeu que, independente de qual era o alimento fornecido ao animal – ração ou pasto -, não houve alteração nos níveis de colesterol do voluntário. “O trabalho mostra que quando não há gordura fora ou no interior da carne, e ela é consumida nessa proporção específica, não há risco ao coração”, diz Castro. Isso significa que, independente da maneira como o gado é criado, o importante é que não haja gordura em seu interior. Mas nem por isso a carne vermelha pode ser comparada à carne de peixe, por exemplo. Por um motivo básico: os estudos mostraram que a carne vermelha não faz mal, mas também não agrega benefícios ao coração. Ou seja, ela é neutra. Já a carne de peixe, segundo estudos, teria um efeito protetor, por causa de substâncias como o ômega-3. É importante ainda que se prepare a carne vermelha de maneira adequada. A indicação dos especialistas é o grelhado, já que assim ela é feita sem gordura. Exageros – Segundo Croce, as pesquisas realizadas até hoje não indicam quais são os riscos exatos do consumo de mais de 150 gramas de carne vermelha por dia. “É difícil saber o que poderia acontecer com o acúmulo de porções. Não temos evidências suficientes para contra-indicar o consumo de até uma porção por dia”, diz. Pacientes que já têm colesterol elevado, no entanto, precisam ficar atentos, uma vez que ainda também não foram realizadas pesquisas para pessoas com esse perfil. “Acredito que, se consumida com moderação, a carne vermelha não deve representar um risco para eles”, diz. Mas o especialista acrescenta: se o consumo for rotineiro, a provável que as taxas de colesterol do paciente não baixem. Criação do gado – De acordo com José Fernando Piva Lobato, engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a maneira como o gado é criado pode interferir diretamente no teor de gordura final da carne. Em criações extensas, onde o animal pasta, o peso da carcaça no abate é de, em média, 220 quilos. Já naqueles animais criados de maneira intensiva, alimentados com ração para uma engorda rápida e elevada, o peso da carcaça chega, em média, a 350 quilos. No primeiro grupo, a presença de gordura intramuscular é de cerca de 18% – no segundo, de até 30%. Essa gordura no meio das fibras do músculo, chamada marmoreio, é tão prejudicial quanto a gordura externa da carne – e quase impossível de separar na hora do preparo. “A carne sem marmoreio tem menos colesterol, porque não há gordura sendo consumida”, diz. Segundo Lobato, no Brasil 98% do gado é criado de maneira extensiva, solto no pasto – e, assim, com menos chances de ter marmoreio. “O marmoreio acontece quando o gado engorda de maneira rápida, como na criação intensiva, ou de maneira tardia”, diz Lobato. Ele aponta ainda que a carne vermelha, pura, sem gordura, tem apenas 1% a mais de gordura saturada do que a carne de frango sem a pele.

Nove bons motivos para sua empresa realizar Análise Ergonômica do Trabalho

Análise Ergonômica do Trabalho – AET é um estudo desenvolvido por profissional capacitado em ergonomia para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Ou seja, um documento que reúne análise de condições de trabalho como levantamento e transporte de carga, mobiliário, equipamentos, organização do trabalho e condições ambientais como níveis de ruído, iluminância, temperatura, umidade e velocidade do ar. Este estudo busca oferecer dados suficientes para implantação de melhorias no ambiente e postos de trabalho, levando em consideração a saúde, bem estar e segurança de seus colaboradores, contribuindo também na melhora do desempenho. Vejamos a seguir algumas razões para a realização dessa Análise: 1. Cumprimento da legislação A Norma Regulamentadora 17 é de observância obrigatória por qualquer empresa ou instituição que tem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, incluindo empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Esta norma estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, e diz que para avaliar essas adaptações  cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho clique aqui para acessar a NR 17. 2. Prevenir multas Toda empresa está sujeita a fiscalização da DRT (Delegacia Regional do Trabalho). Caso não desenvolva nenhuma ação em ergonomia ou desenvolva ações insatisfatórias, pode ser notificada e obter prazo para elaboração dos documentos solicitados, e geralmente um desses é a Análise Ergonômica. Caso a empresa não cumpra o estabelecido, poderá ser multada. Somente a não conformidade com a NR 17, poderia gerar multas de R$6.704,45 a R$ 80.970,00 (valor calculado através da análise entre NR 17 e NR 28, de fiscalização e penalidades). Com isso cabe ressaltar que “engavetar Análise”, ou realizar a AET apenas por realizar não é uma boa alternativa uma vez que muitas ações fiscalizatórias têm exigido que a AET tenha prazos estabelecidos, espaço para anotação de andamento da melhoria (status do andamento dos processos de melhoria propostos) ou cronograma. Na legislação nacional, assuntos referentes à aplicação da Ergonomia aparecem em: 8 NR’s (Normas Regulamentadoras) da portaria 3214; Na CLT em 5 itens; em 27 outros itens (portarias, decretos, ordens de serviço, dentre outros). 3. NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico) A AET é uma importante ferramenta no caso do Nexo Técnico Epidemiológico, pois com a  inversão   do   ônus   da prova,    ou   seja,  com as  empresas   tendo que   provar que não são causadoras de doenças  ocupacionais, uma  AET em mãos facilitaria e agilizaria o processo.  Com o NTEP passa a ser considerada como doença ocupacional toda patologia com incidência    “estatisticamente” maior   do   que   a esperada,  através    do   cruzamento da CID (Classificação Internacional   de   Doenças)   com   o   CNAE   (Código   Nacional   de Atividade   Econômica).   Como  exemplo, podemos   citar   que   toda Tendinite (CID M65) em bancários (CNAE 65.21-8) será considerada como doença ocupacional,   até  prova   em   contrário. 4. Redução de imposto Outra característica do NTEP é a condições de analisar individualmente cada empresa e seu desempenho na questão da preservação da saúde de seus funcionários e assim cobrar diferenciadamente a alíquota do SAT. Empresas que investem em segurança e medicina do trabalho e obtêm bons resultados poderão pagar 50% a menos do que vem pagando de SAT e aquelas que não conseguem tal êxito terão que pagar até 100% a mais do que vêm pagando. 5. Contribuição no controle de Absenteísmo Diversos autores enfatizam que a etiologia do absenteísmo é determinada principalmente por condições de trabalho. Algumas razões que provocam essa situação são justamente condições desagradáveis de trabalho, empobrecimento e repetitividade de tarefas, organização e supervisão deficiente, falta de estímulo e motivação, entre outras (COUTO, 1987; ANSELMI, 1990; CHIAVENATO, 2002; FONTES, 2002). 6. Diminuição dos riscos de Doenças Ocupacionais é fato que as condições de trabalho inadequadas afetam a saúde do trabalhador, e sabendo que o desconforto é o precursor das doenças ocupacionais e de várias outras condições prejudiciais e que prevenir tem a ver com a eliminação das causas dos problemas, a Ergonomia pode colaborar para prevenção desses casos. 7. Relação Custo-Benefício é comum ocorrer perdas nos processos produtivos. Perdas como falhas na gestão de saúde, do meio ambiente e da segurança ocupacional são evidentes, diferentemente das perdas patrimoniais, de eficiência e de produtividade, que nem sempre são claras. Neste sentido, a Ergonomia torna as falhas e suas respectivas perdas evidentes e mostra caminhos para solução. Cabe aqui citar um comparativo importante: para cada dólar investido em prevenção obtém-se 4 dólares de retorno em produtividade (Revista Exame, 1995). 8. Saúde, Conforto e Segurança dos colaboradores A NR17 salienta que visa proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, e portanto é isso o que a AET busca. 9. Processos de Certificação para obter algumascertificações tais OHSAS 18001; BS8800; NBR18800, ABNT, existem exigências de alguns requisitos de Ergonomia.   PENSE NISSO!             Andréia Suzin Santiago Fisioterapeuta Pós-graduada em Fisioterapia do Trabalho  

A dura realidade do trabalhador industriário

A mensagem é muito clara: “Exigir produtividade sem dar suporte e estrutura ao empregado pode até ser benéfico a empresa no curto prazo, mas é um desastre no médio e longo prazo.

Fumo passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis do mundo

Bares e restaurantes lotados e um fumacê com atitudes coercitivas. Esse cenário é comum para quem circula na noite teresinense. Porém, os males ocasionados só podem ser detectados depois, principalmente para os fumantes passivos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumo passivo é a terceira maior causa de mortes evitáveis. Mesmo não sendo permitido fumar em locais fechados, de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas, bem como em fumódromos e áreas antes reservadas para fumantes, em ambiente de trabalho ou lazer, uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. A Organização Mundial da Saúde estima que em 2030, 10 milhões de pessoas morrerão anualmente vítimas do cigarro. O mais grave é que sete em cada 10 dessas mortes ocorrerão em países em desenvolvimento. O cigarro é a principal causa do câncer de pulmão e é fator de risco para outros tipos de câncer (laringe, pâncreas, rim, bexiga), doenças cardiovasculares e respiratórias. O que mais tem assustado as pessoas em relação ao tabagismo, principalmente aqueles que não tem o vício, é saber que mesmo os não-fumantes estão expostos aos riscos causados pelas substâncias tóxicas presentes no tabaco. Adultos e crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados, são chamados de ‘fumantes passivos’. O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. A fumaça respirada pelo fumante passivo é uma combinação de mais de 400 substâncias químicas, na forma de partículas e gases como o cianeto de hidrogênio, o dióxido de enxofre, o monóxido de carbono, a amônia e a nicotina. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, essa fumaça pode ser classificada como carcinógeno humano de “classe A”, isto é, um tipo de substância para a qual não há nível inócuo de exposição. Segundo o otorrinolaringologista Victor Campelo, as principais manifestações clínicas em fumantes passivos adultos são sintomas respiratórios em pacientes sadios, exacerbação de efeitos irritativos em pacientes alérgicos, aumento da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares (25 a 35%), de câncer de pulmão, desenvolvimento de câncer do colo do útero, boca, garganta, laringe, esôfago, bexioga, rim, pâncreas, cérebro, tireóide e mama. “Asmáticos expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de dispnéia (falta de ar) e de restrições das atividades diárias. Adultos continuamente expostos à fumaça do cigarro têm maior risco de desenvolver asma do que os não expostos (40 a 60%). As principais queixas físicas apresentadas pelos fumantes passivos são: ardência ou queimação das mucosas com irritação ocular e da garganta, náuseas, cefaléia, espirros, congestão nasal, rinite e tosse”, finaliza o especialista.

LER/DORT: o que é, como tratar e como prevenir

Excelente artigo, direto e resumido, sobre LER/Dort no portal Proteção. Destacamos aquilo que é de interesse do trabalhador. Já haviamos escrito sobre o tema também nesse blog “LER/DORT – Como se proteger desse mal?“ A sigla LER significa lesões por esforços repetitivos, sendo também denominada como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho – DORT. São doenças caracterizadas pelo desgaste de estruturas do sistema músculo-esquelético que atingem várias categorias profissionais. Geralmente são causadas por movimentos reincidentes e contínuos com consequente sobrecarga dos nervos, músculos e tendões. O esforço excessivo, má postura, stress, condições desfavoráveis de trabalho também contribuem para o aparecimento da LER.  Vale mencionar que as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que atingem a vida do cidadão. O seu reconhecimento é regido por normas e legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos dos trabalhadores. Assim, os chamados “direitos da personalidade” protegem a integridade física da pessoa (artigos 5º, da CF/88 e 11 a 21 do CC/2002), assim como asseguram medidas que reduzam os riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (artigos 7º, XXII, da CF/88, 157 da CLT e NR-17 do MTE). Neste sentido, se o trabalhador perceber sinais de LER deve procurar um médico e paralisar imediatamente as suas atividades. Outro passo importante é dar atenção à ergonomia, melhorando as suas condições de trabalho. Todavia, reconhecida por perícia a doença ocupacional, bem como comprovado o nexo de causalidade (ligação) e a conduta culposa da empresa (caso não adote medidas eficazes para preservar a saúde do empregado), caberá ao trabalhador ingressar com uma Reclamação Trabalhista pleiteando uma indenização por danos materiais e, dependendo da situação, morais.  Nesta indenização será analisado se a doença realmente foi oriunda das atividades realizadas na empresa, se ocorreu redução ou incapacidade para o trabalho, se a moléstia tem cura e se houve alguma espécie de constrangimento ou humilhação passível de danos morais.  Inclusive, caso fique demonstrado que o trabalhador não tenha mais condições de trabalho, poderá ser arbitrada pelo Poder Judiciário uma pensão mensal, suficiente para manter a subsistência do empregado.  Em razão disso, as empresas devem manter um programa visando reduzir os riscos inerentes às atividades laborais e investir em ações preventivas, tais como: ergonomia, aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), contratação de profissionais de segurança do trabalho e adoção de medidas de cautela pertinentes a sua área de atuação. LEIA TAMBÉM: Claro é condenada a pagar R$ 500 mil por não emitir comunicações de acidentes de trabalho Saúde e trabalho no Brasil!          

CORRER OU NÃO CORRER?

Muito popular nos dias de hoje, a corrida se tornou um hábito para muitas pessoas. Sua democratização é visível em qualquer evento desta modalidade, onde o cenário é bastante variado, seja em relação à idade, ou à classe social. O fato é que a corrida é uma solução econômica e eficiente para aqueles que querem perder peso e entrar em forma (quem não quer!). Mas, e para começar, é só ter força de vontade, como dizem por aí? Seria a corrida a solução dos nossos problemas?Quem dera…             Apesar dos grandes efeitos benéficos já comprovados da corrida, tem-se observado a ocorrência de lesões, principalmente em membros inferiores (quadril, joelho, tornozelo e pé), relacionados à prática. O mecanismo de lesão relacionado à corrida foi interessantemente dividido por WEN (2007) entre fatores intrínsecos e extrínsecos. Para clarear, cito os principais deles: Intrínsecos – anormalidades anatômicas (como assimetria de membros inferiores), flexibilidade, histórico de lesões, condicionamento cardiovascular, composição corpórea… Extrínsecos – erro de execução e de planejamento na hora do treino, tipo de superfície onde é praticada (areia, grama, asfalto), alimentação…             Não venho aqui condenar o ato de correr, o qual particularmente acho bastante interessante, mas venho abrir os olhos para os riscos que esta prática pode trazer àqueles que a executam sem tomar os devidos cuidados. A banalização da corrida pode trazer eventuais riscos associados, como têm demonstrado artigos publicados em importantes revistas da área médica e fisioterapêutica.             Importantíssimo antes de iniciar a prática da corrida é falar com alguém que entenda do assunto. Cada pessoa é diferente, tem sua bagagem de lesões, seu biotipo, suas preferências e seus limites. E todos esses fatores devem ser levados em conta na hora de decidir: correr ou não correr?             Deu para perceber que diversos fatores devem ser pesados na hora de optar pela corrida como forma de se exercitar. Não é motivo, entretanto, para desistir dela! Se você já tem a corrida como prática regular e nunca teve sintomas, talvez ela seja uma boa opção para seu perfil. Se você, assim como eu, procurou a corrida e após um tempo sentiu algum tipo de dor, atenção, algo pode estar acontecendo para que não tenha se adaptado ao exercício.             Uma boa avaliação feita por um profissional capacitado da área pode afugentar o fantasma do medo de se lesionar. Não perca o apetite de se exercitar, apenas faça-o com segurança, para que o exercício torne-se algo realmente benéfico para sua saúde.  Por Janaina Cesa Correia, Acadêmica de Fisioterapia da PUCRS (40  ANO). Referências: Hino, AAF, et al., Prevalência de Lesões em Corredores de Rua e Fatores Associados, 2008. Pileggi, P, et al., Incidência e fatores de risco de lesões osteomioarticulares em corredores: um estudo de coorte prospectivo, 2009. WEN, D.Y. Risk factors for overuse injuries in runners. Current Sports Medicine Reports, Philadelphia, v.6, p.307-13, 2007.

Exercício diário de 15 minutos pode render 3 anos de vida

DA REUTERS Fazer apenas 15 minutos de exercício moderado por dia pode acrescentar três anos na vida de uma pessoa, indicou uma pesquisa em Taiwan. A maioria das pessoas tem dificuldades para manter a recomendação de 30 minutos diários de exercício, cinco dias por semana, e especialistas esperam que ao identificar uma dose menor, mais pessoas estarão motivados a levantar do sofá. O pesquisador Chi Pang Wen, do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde de Taiwan, disse que dedicar 15 minutos do dia a formas moderadas de exercício, como um andar mais acelerado, poderia beneficiar a todos. “É para homens, mulheres, jovens e idosos, fumantes, pessoas saudáveis e não tão saudáveis. Médicos, quando atendem a qualquer tipo de paciente, esse é um conselho que serve para todos”, disse Wen. Wen e seus colegas, que publicaram suas descobertas na revista médica “The Lancet” nesta terça-feira, acompanharam cerca de 416 mil pessoas durante 13 anos, analisando seus históricos de saúde e os níveis de atividade física realizados em cada ano. Depois de considerar as diferenças de idade, peso, sexo e uma série de outros indicadores ligados à saúde, eles descobriram que os que faziam apenas 15 minutos de exercícios moderados por dia aumentavam a expectativa de vida em três anos, comparados àqueles que permaneciam inativos. “Nos primeiros 15 minutos… os benefícios são gigantescos”, disse Wen. O exercício diário também está ligado à uma incidência menor de câncer, e parece reduzir as mortes ligadas ao câncer em uma em cada dez pessoas. “Cedo ou tarde, as pessoas vão morrer, mas comparado com o grupo inativo, o grupo que faz um pouco de exercício tem uma redução de 10% na mortalidade por câncer”, diz Wen.

Não acredite na Health Care, acredite na ciência e na grande mídia – parte 03

Dá série, “não acredite na Health Care, acredite na ciência e na grande mídia” destacamos abaixo mais um caso de empresa que implantou uma cultura de saúde no ambiente de trabalho e que já colhe os resultados. Veja a declaração do gestor: “Hoje nosso FAP está 0,5% (melhor indicador) e nossa média de absenteísmo no ultimos 3 anos é de 1,65% e continua caindo” É tão simples e barato iniciativas neste âmbito que as vezes não conseguimos compreender porque ainda têm tantas empresas que resistem.

Pesquisa diz que más condições de trabalho afetam saúde mental

Pesquisa reforço mais uma vez aquilo que já se sabe faz tempo: “Más condições de trabalho afetam a saúde do trabalhador”. Confira o estudo! Pesquisa diz que más condições de trabalho afetam saúde mental Fonte: Revista Proteção / Belo Horizonte/MG (Faculdade de Medicina da UFMG)  Cansaço, nervosismo e insatisfação no trabalho podem ser sintomas do que os especialistas chamam de “Distúrbios Psiquiátricos Menores”, as DPM, como ansiedade, depressão ou estresse. Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina da UFMG constatou que entre os trabalhadores do setor de serviços o problema é maior do que se podia prever. Foram analisados cerca de 2,5 mil trabalhadores de um banco brasileiro de grande porte, sorteados aleatoriamente em todas as capitais brasileiras. Dentre os participantes, 43% apresentaram algum tipo de DPM, associadas principalmente às más condições de trabalho. O levantamento foi feito por meio de questionários autoavaliativos. Para avaliar a autopercepção dos trabalhadores foi perguntado a eles: “em geral, você diria que a sua saúde é”, com cinco opções de resposta, variando de excelente a muito ruim. Dez por cento dos entrevistados avaliaram sua saúde como “ruim” ou “muito ruim”. “E essa percepção é confirmada nos demais resultados da pesquisa”, destaca o autor e médico Luiz Sérgio Silva. As causas dos distúrbios são variadas, mas as mais comuns são falta de controle sobre as próprias funções, pressão da chefia, imposição de decisões de forma vertical e falta de apoio dos colegas. Dentre trabalhadores expostos a altas demandas psicológicas e com baixo controle sobre o trabalho, a prevalência de DPM foi três vezes maior. O mesmo ocorreu com aqueles que trabalham sob condições de muito esforço e baixa recompensa. “Estamos falando de pessoas jovens, ativas e que vivem no meio urbano. Mesmo assim, sua autoavaliação das condições de saúde foi muito ruim”, analisa a epidemiologista Sandhi Maria Barreto, orientadora do estudo e professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG. “A autoavaliação da saúde é uma das formas mais eficientes de prever futuras internações e problemas mais sérios”, analisa a orientadora. “Há possibilidade de que esses dados sejam ainda mais alarmantes, porque esses distúrbios podem se intensificar e agravar”, pondera. Falta reconhecimento “O trabalhador ainda sofre com as consequências do movimento de automação das empresas”, pondera Luiz Sérgio, para quem o aumento da velocidade do processo produtivo a partir das novas tecnologias também levou o trabalhador a desempenhar várias funções simultâneas e concentradas em poucos indivíduos. O reconhecimento da qualidade do trabalho, a gestão horizontalizada e o rodízio de funções são algumas das medidas sugeridas pela médica como formas de melhorar o ambiente de trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores. “Essas recomendações podem ser extrapoladas para todas as empresas do setor de serviços.” Mais do que um problema de trabalho, os altos índices de Distúrbios Psiquiátricos Menores são uma questão de saúde pública. “E não há outra forma de diminuir os altos índices de incidência de distúrbios, senão revendo as condições de trabalho dentro das empresas”, garante a professora, que recomenda que empresas da área adotem formas de gestão mais humanizadas. As DPM pioram a qualidade de vida dessas pessoas, diminuem sua produtividade e podem levá-las ao afastamento temporário. Por isso, a longo prazo também constituem um problema econômico.